A Porto Editora e a Fundação José Saramago lançaram agora uma edição especial da obra O Conto da Ilha desconhecida, de José Saramago, que se destina à angariação de fundos para apoiar o povo moçambicano, na sequência da catástrofe humanitária causada pelo ciclone tropical Idai.

Publicado pela primeira vez em 1997, O Conto da Ilha Desconhecida é a história de um homem que foi bater à porta do rei para lhe pedir um barco. É a história de um homem com um sonho, o sonho de descobrir uma ilha que ainda não tinha sido descoberta. O rei e tdos os outros dizem-lhe que todas as ilhas já foram descobertas, mas ele é um homem com um sonho e não está disposto a desistir dele. Quando finalmente o rei lhe dá o barco a mulher da limpeza que trabalha no palácio segue-o, saindo pela porta das decisões e juntos partem, no barco que baptizam de A Ilha Desconhecida, em busca de uma ilha desconhecida.

Este é um conto singelo, que se lê em menos de nada. Bem mais leve do que as obras a que Saramago nos habituou mas, ainda assim, sem perder a sua identidade tão própria. Li-o em menos de uma hora e não é uma leitura nada pesada, embora a escrita de Saramago seja bastante invulgar.
Ainda assim, é um livro onde também reina a metáfora. Uma metáfora sobre sonhos, sobre não desistir e sobre a procura de nós mesmos.
É uma obra bem menos complexa dos que as outras que li deste autor. Está longe de ser a melhor. É mais simples. Ainda assim, devo dizer que foi uma que me tocou particularmente.
O final, é um final aberto. Calculo que os mais sonhadores o imaginarão de uma forma, os menos de outra. Nesta obra, até o final que não existe tem poesia.
É um livro de literatura juvenil, recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 8º ano de escolaridade.
Livro muito recomendado!