Luto
Eduardo Halfon

Eduardo Halfon traz-nos nesta obra a personagem Eduardo Halfon, que pode ou não ser o autor. Aqui, vemos esta personagem interessar-se pela história da sua família, dos seus avós e, sobretudo, do irmão do seu pai, que lhe contaram ter morrido afogado aos 5 anos mas do qual ninguém fala abertamente. Este é um daqueles livros que percebemos a qualidade, a densidade e o quanto nos vai dominar logo nas primeiras linhas. É um livro bastante curto, repleto de repetições, que enreda o leitor numa teia densa mas fácil de compreender. Aos poucos sentimo-nos como fazendo parte daquela família judaica, sentimos conhecer aquelas personagens que passaram por tanto, que trabalharam nos campos de concentração e viram um filho morrer. E é também um livro que nos traz algumas surpresas, uma ligeira nuance de paranormal e no final nos deixa com um nó no estomâgo de arrependimento pelo que se fez, ou não se fez. Um livro curto, mas que toca, que comove, que preenche. Muito recomendado. 5*
Pela floresta
Anthony Browne

O pai do menino desta história não está em casa. Então, a mãe manda-o à casa da avó, que está doente, levar-lhe um bolo. E ele decide ir pelo meio da floresta, contra a vontade da mãe, e coisas estranhas começam a acontecer. Um livro que me pareceu um pouco estranho, sem ser realmente fora do normal. Uma mistura de Capuchinho vermelho com mais duas ou três histórias tradicionais da infância, que acabam por não se desenrolar. Bonitinho, com boas ilustrações, mas não me apaixonou. Recomendado. 3*
Malleus Maleficarum
O Martelo das Feiticeiras
James Sprenger e Heinrich Kramer

O Martelo das Feiticeiras, publicado em 1496 com o título Malleus Maleficarum, é um manual inquisitorial que explica a quem o lê como identificar, capturar, julgar e sentenciar quem pratica heresias. No entanto, o seu foco especial são as mulheres praticantes de bruxaria. Em vários momentos ao longo desta leitura dei comigo com uma crença quase inabalável de que estava a ler um livro de ficção. Mas a verdade é que não. Malleus Maleficarum é um livro real, um manual real, que foi efectivamente usado e lido por inquisidores e posto em prática. Comprei o livro em ebook pois não existe uma versão física do livro publicada em Portugal. E ainda bem. A verdade é que se tivesse o livro nas mãos, era bem capaz de o ter atirado contra a parede algumas vezes. Que horrível! Que absurdo! A título de exemplo deixo-vos as razões pelas quais estes dois inquisitores que escrevem os livros consideravam que as mulheres são mais proprensas à prática de bruxaria: as mulheres são mais perversas, mais supersticiosas e crédulas; e mais impressionáveis e sujeitas aos espíritos desencarnados As mulheres têm uma língua traiçoeira, são mais fracas na mente e no corpo e o seu intelecto é como o das crianças. Mas acima de tudo, as mulheres são mais carnais do que os homens, e tendo sido Eva criada a partir de uma costela do peito de Adão, portanto uma costela curva, as mulheres são mais tortas e contrárias à retidão dos homens. É impressionante as coisas que este livro diz acerca das mulheres e dos seus julgamentos e pecados. Pouco antes de explicarem as razões que falei anteriormente os autores dão exemplos de excertos da Biblia para elucidarem os leitores acerca das diferentes formas que elas têm de infernizarem a vida aos homens. E, depois, a parte dos julgamentos e sentenças… É um livro que não têm a parte explicita tão cruel como eu pensava, mas que é ainda assim verdadeiramente chocante. Revoltante. A edição que eu li traz uma introdução incrível de Rosa Marie Murardo que põe lado a lado o papel da mulher e a história da humanidade. Acho que nunca tinha lido um texto tão bom no que toca a explicar de onde surgiram o sexismo, o maxismo e o feminismo, e todas as questões de género anexas a isso. Tem, também, uma bula do Papa Inocêncio VIII em que ele dá plenos direitos aos autores, James Sprenger e Heinrich Kramer, para que eles investiguem, capturem e sentenciem de qualquer maneira que queiram, em qualquer lugar e lhes dá inclusive autoridade total, superior à de qualquer bispo, nobre, princípe ou rei. Um livro verdadeiramente chocante, horripilante, nauseabundo. Mas ainda assim um livro interessantissimo para quem quiser compreender esta parte da história. Recomendado.
Perdido não
John Bond

O Minicoelho está com a mãe a preparar um bolo. É então que percebem que faltam as bagas para o bolo. O Minicoelho quer tanto uma fatia que parte em buscas das bagas pela floresta fora… e mais além! Até que… se perde. Um livro simples, com ilustrações muito giras e uma história divertidissima. O Minicoelho é uma personagem verdadeiramente engraçada. Vale a pena. Recomendado. 4*
A alma trocada
Rosa Lobato de Faria

Teófilo é um homem homossexual. Vindo de uma família tradicional, a sua orientação sexual acaba por obrigá-lo a afastar-se da família. É em Hugo que Téo conhece o amor, mas não só em Hugo. Aos poucos vemos este homem descobrir-se, encontrar-se, encontrar o seu próprio caminho e enfrentar os seus próprios demónios. Nunca tinha lido Rosa Lobato de Faria e a verdade é que gostei muito. A escrita é maravilhosa, poética e simultâneamente simples, fácil de ler. O tema da homossexualidade nesta obra está tratado de uma forma bastante sensata. É um tema, está lá, mas é tratado de forma tão perfeitamente natural que não se torna o centro da trama. É uma história sobre amor, amizade e família; não uma história sobre homossexualidade. Depois, esta é também uma história repleta de reviravoltas. Rosa Lobato de Faria era uma senhora das telenovelas; e este livro, em certo ponto, quase parece uma telenovela. Há surpresas atrás de surpresas, mistérios e crimes para vários gostos. Para mim talvez até um pouco demais. Um livro pequeno de tamanho, mas grande em história. Recomendado. 4*
Ei, Avozão!
Paul McCartney

A Lucy, o Tom, a Emma e o Bob foram passar o dia a casa do avô, mas está um daqueles dias péssimos em que não dá para fazer nada. Até que o avô vai buscar a sua bússola mágica e a grande aventura começa… Um livro divertido, uma aventura que promete pôr a imaginação dos mais pequenos a voar e entreter por um bom bocado. Recomendado. 4*
Mulheres que não perdoam
Camilla Lackberg

Camilla Lackberg nasceu a 30 de agosto de 1974 em Fjällbacka, na Suécia. É conhecida internacionalmente pelos seus thrillers e romances policiais, sendo uma das escritoras do género mais reconhecida na atualidade. Em Mulheres que não perdoam a autora apresenta-nos três mulheres, Ingrid, Birgitta e Victoria, que sem se conhecerem pessoalmente se encontram num fórum da internet e combinam o crime perfeito. Uma, é vitima de violência doméstica e ao descobrir que tem cancro precisa urgentemente de traçar um plano para garantir o futuro dos seus filhos gémeos após a sua morte. Outra casou “por encomenda” e está prisioneira de um homem violento que a trata como uma boneca insuflável. A terceira abdicou da sua carreira pela carreira do marido e um dia descobre que está a ser traída. Nunca tinha lido nada de Camilla Lackberg e admito que é uma leitura muito mais acessível do que pensei. É um livro curto, que se devora de uma assentada, empolgante. A autora conseguiu criar três personagens femininas astante fortes, e apesar de vermos a história de uma forma um pouco superficial, quase que “de longe” é uma história que entusiasma e apaixona. Quando damos por nós estamos realmente a torcer por aquelas três assassinas. Muito recomendado. 5*
A Abelha
Kirsten Hall

A abelha sacode, zumbe e balança de flor em flor para recolher o pólen, que depois leva para a colmeia, onde é transformado em mel. E assim, com muita poesia e energia, as abelhas desta história armazenam o ouro liquido com que vão sobreviver no inverno. Um livro magnífico, divertido e entusiasmante, em verso, que promete ensinar e encantar. Uma história sobre a vida das abelhas, que serve também para nos lembrar da sua importância para a humanidade e o planeta, embora essa parte pudesse estar mais evidente. Muito recomendado! 5*
Greta e os gigantes
Zoe Tucker e Zoe Persico

Greta era uma menina como outra qualquer. Uma menina pequena, que adorava animais e floresta. Um dia, descobriu que havia gigantes e que esses gigantes estavam a fazer algo de muito, muito mau. E apesar de ser apenas uma menina, sem nenhum poder especial além da coragem e força de vontade, decidiu enfrentá-los. Um livro que, em jeito de história infantil, nos conta a história de Greta Thunberg e da sua luta pelo clima. Uma história inspiradora, que nos lembra o poder que cada um de nós tem para tornar este mundo em algo um pouquinho melhor. E com ilustrações incríveis! Livro recomendado. 4*
Sei porque canta o pássaro na gaiola
Maya Angelou

Maya Angelou, pseudónimo de Marguerite Ann Johnson, nasceu a 4 de abril de 1928 em St. Louis, Missouri e faleceu a 28 de maio de 2014 em Winston-Salem na Carolina do Norte. Foi atriz, cantora, escritora, dançarina e ativista. Em Sei porque canta o pássaro na gaiola Maya Angelou conta-nos a sua infância e adolescência até se ter tornado mãe. Fala-nos sobre a sua vida no interior com a avó religiosa, o afastamento dos pais e a sua violação, pelo namorado da mãe, ao 8 anos. Fala-nos sobre o imenso amor que tinha pelo seu irmão, sobre a sua mãe que admirava e o pai que mal conhecia. E ao falar-nos sobre a sua vida Maya fala-nos também sobre o contexto social que a cercava. O preconceito, o medo, a religião e muito mais. É um livro de leitura fácil, que se devora. Maya é alguém de quem é fácil gostarmos. E é ao mesmo tempo um livro que traz temas pesados, mais subentendidos, tratados com a leveza de uma criança. É incrível a forma como esta mulher, já adulta, conseguiu pôr no texto sobre a sua infância a inocência tipica da idade. É bonito, maravilhoso, duro e pesado.
Lobo Bom ou Lobo Mau
Clara Cunha

Certa noite o Lobo Mau decidiu ficar em casa a descansar. E eis que batem então à porta: um pequeno Lobo Bom veio ter com ele. Quer que o grande Lobo Mau o ensine a ser mau! Será que isso vai acontecer? Um livro divertido e interessante, como Clara Cunha tão bem já nos habituou. Uma história que promete encantar miúdos e graúdos, muito engraçada e muito bem ilustrada. Recomendado. 4*
A Mandíbula de Caim
Torquemada
Edward Powys Mathers, com o pseudónimo de Torquemada, nasceu 8 de agosto de 1892 em Forest Hill, Londres e faleceu a 3 de fevereiro de 1939 em Hampstead. Foi escritor, poeta, tradutor e um pioneiro na compilação de palavras cruzadas crípticas. Publicado originalmente em 1934, A Mandíbula de Caim é um enigma literário que até hoje apenas foi resolvido três vezes. Nas suas páginas fora de ordem há seis assassinos e seis assassinados. Cabe ao leitor perceber a história, descobrir quem são os mortos e os criminosos e ordenar as páginas. Em primeiro lugar tenho de dizer que a edição foi criada de uma maneira bastante inteligente. Todas as páginas podem ser recortadas, para que o leitor as possa ordenar mais livremente e todas têm espaço para anotações. A editora afirma que vai dar 1000€ a quem primeiro resolver o enigma, o que me parece uma jogada de marketing extremamente inteligente até porque, vamos ser honestos, não me parece que aconteça. A história é boa mas realmente muito dificil de perceber. Em cada página fala uma das personagens, mas não nos é dito diretamente qual. A escrita, que me parece um produto da sua própria época, também não envelheceu bem e isso torna o livro ainda mais enigmático. É um desafio diferente, divertido e verdadeiramente provocador. E é, também, um livro feio para vender. Recomendo, pelo desafio.
Uma paixão simples
Annie Ernaux

Annie Ernaux nasceu em Lillebonne a 1 de setembro de 1940. Foi a vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2022. Em Uma Paixão Simples Annie Ernaux fala da fogosa paixão que viveu durante algum tempo com um homem casado. Uma paixão simples que se formos bem a ver talvez não seja assim tão simples mas de que a autora nos fala com uma simplicidade maravilhosa. Nesta obra a escrita é muito leve e saborosa, fácil de ler e o livro é tão pequeno que ficamos facilmente a querer mais. Mais do que uma história em si, este livro é quase um desabafo, um texto que pode ser lido em tom confessional. Annie Ernaux traz-nos um retrato muito intimo dos seus sentimentos e daquele amor que viveu de forma tã intensa e tão fugaz. À luz do tempo que passou acaba por fazê-lo também com um certo distanciamento, o que o torna ainda mais interessante. Pessoalmente, preferi O Acontecimento, que li há uns meses. Esta obra é mais simples, mais singela e, diria eu, mais fácil de incorporar e de viver, apesar de tudo. Mas é uma obra muito boa. Recomendo. 4*
A Menina com os olhos ocupados
André Carrilho

A menina desta história andava sempre com os olhos muito ocupados com o telemóvel. Tão ocupados que não reparava em nada do que acontecia à sua volta. E acontecia tanta coisa à sua volta! Até que um dia, de repente, ficou com os olhos desocupados… Um livro lindíssimo quer em termos de ilustração quer em termos de texto, que fala sobre um tema cada vez mais atual e importante. Sem dúvida algo para ler e trabalhar com os mais novos. Livro preferido. 5*, muito recomendado!

Olga Tokarczuk nasceu a 29 de Janeiro de 1962 em Sulechów, na Polónia. Formada em psicologia, venceu em 2018 o prémio Man Booker Internacional e o Prémio Nobel da Literatura. Dela já falámos dos livros Outrora e outros tempos, Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos e Viagens. Em Histórias Bizarras Olga Tukarczuk traz-nos um conjunto de 10 contos, histórias, que são realmente um tanto ou quanto bizarras. Dificilmente conseguiria explicar estas histórias, estas “bizarrias”, sem fazer spoiler, portanto não o farei. Sinto que li até agora bem menos do que gostaria de ler da Olga Tokarczuk mas a verdade é que preciso sempre de fazer uma pausa entre um livro e outro. Olga não é uma escritora para as massas: é uma leitura longa, que nos deixa a pensar e que é preciso digerir. E às vezes não é fácil de digerir. Mas é, acima de tudo, uma escritora verdadeiramente brilhante, impressionante, que tem o dom de tocar no mais fundo de nós. Por vezes já tenho comentado aqui no blog que “não li este livro na altura certa” Eu diria que com Histórias Bizarras me aconteceu exactamente o contrário. Era isto, era totalmente isto, que eu estava a precisar de ler. As histórias deste livro são de facto um tanto ou quanto bizarras. Mas têm sempre a sua razão, a sua própria profundidade, a sua própria “lição” e motivo de existência. Atrevo-me ainda a dizer que esse será diferente para cada um de nós: são histórias que nos levam à nossa essência e que serão sem dúvida interpretádas das mais diversas maneiras. O que Olga Tokarczuk faz neste livro é algo raro, dificil de fazer. E eu admito que este livro mexeu comigo como nenhum livro mexia, há muito tempo. Excepcional. Livro preferido.
É só desta vez
Trace Corderoy

Na Cidade da Harmonia tudo era perfeito. As ruas eram limpas e bonitas, com jardins cheios de flores e todos eram amigos e respeitadores. Até que um dia alguém decide deitar lixo para o Chão. Mas não fez mal porque afinal, foi só dessa vez. Ou será que não? Um livro muito bem construído sobre as nossas acções e as suas consequências, que promete ensinar algo muito importante aos mais novos e que, por vezes, eu até diria que devia ser lido por adultos também. Recomendado. 4*

Ahmed Salman Rushdie nasceu a 9 de junho de 1947 em Bombaim, Índia, no seio da religião muçulmana, mas cedo se mudou para Londres. Os Versículos Satânicos não foi o seu primeiro livro mas é provalmente aquele pelo qual é mais conhecido. Após a publicação desta obra, em 1989 o autor viu-se envolvido numa enorme controvérsia. O texto foi considerado ofensivo à religião e ao profeta Maomé e o autor foi alvo de uma fatwa que o condenava à morte por apostasia. Em 2022 Salman Rushdie foi alvo de um atentado que o deixou cego de um olho e com uma mão paralisada. A única coisa que eu sabia sobre Os Versículos Satânicos antes de começar esta leitura, além dos contornos muito gerais da história, é que este era um livro sobre religião. E sim, de facto, a religião encontra-se lá ao longo de todo o livro, de uma ponta a outra, constantemente. Mas este não é apenas um livro sobre religião. É um livro que nos fala de várias religiões e que nos fala sobre a condição de emigrante num país estrangeiro. É um livro sobre muitos tipos de preconceitos, sobre muitos crimes e muitos problemas que a sociedade enfrentava e continua a enfrentar. É um livro sobre amor, sobre ódio e sobre autoconhecimento e autodescoberta. Não sei se conheço mais algum livro que consiga ser tão abrangente como este é. E, ao mesmo tempo, é um livro bastante especifíco. A determinada altura precisei de parar a leitura, respirar, e pesquisar. Porque não conseguia acreditar que este livro me estava a falar de uma questão que me era tão pessoal, de uma forma tão crua, sem que eu tivesse visto aquilo a vir na minha direcção. E não encontrei absolutamente nada, em todas as opiniões que vi. Os Versículos Satânicos foi uma obra que me fez revisitar sítios que eu não esperava revisitar. Foi um livro que me magoou e me apaixonou. Foi um livro que me conseguiu recordar a enorme sorte que eu tenho, apesar de tudo, por ter nascido no país em que nasci e no contexto em que nasci. É uma leitura extremamente dificil, quer pela enorme quantidade de conteúdo que têm quer pela forma como está escrita. Os tempos mudam de parágrafo para parágrafo, as personagens mudam de nome e de forma sem qualquer aviso e distinguir o real e a metáfora é uma tarefa quase hérculea. Atrevo-me a dizer que grande parte dos leitores que leram este livro não o compreenderam totalmente. E mais: acredito que ele não é um livro para ser compreendido por toda a gente. O acto da escrita deste livro foi, na minha opinião, um acto de uma coragem imensa. Não considero correcto, enquanto leitora, afirmar que determinado livro é o livro de uma vida. Livros há muitos, e nós não lemos hoje da mesma forma que lemos ontem ou que leremos amanhã. Mas se todos nós, enquanto leitores, tivermos um conjunto de livros que são os livros da nossa vida, então posso afirmar com toda a certeza que este é um dos meus.
Uma Doninha Preocupada
Ciara Gavin

Certo dia a Doninha andava a recolher algumas coisas no campo quando começa uma forte trovoada. A chuva, vento e granizo que se seguiram deixaram-na tão preocupada e assustada que a Doninha decidiu construir uma casa que, tal como uma fortaleza, a protegia do mundo exterior. E tudo estava bem, até um dia lhe aparecer dentro de casa a Toupeira, que tem uma forma de ver as coisas muito diferente da dela. Um livro muito bonito que é também uma lindissima metáfora sobre a vida e as formas de viver e promete deixar os pequenos leitores a pensar. Muito bem ilustrado e com uma história original. Recomendado. 5*
I love this part
Tillie Walden

I love this part é uma novela gráfica juvenil da cartoonista americana Tillie Walden. I love this part é um livro curto, com muito pouco texto e uma ilustração muito simples e bonita, que nos conta o começo de uma história de amor entre duas raparigas adolescentes. É um livro de momentos quotidianos e de pequenas coisas, das pequenas coisas que aos poucos vão criando e construindo o amor. Recomendado. 4*