“Nós, que vivemos em campos de concentração, podemos recordar os homens que iam de caserna em caserna para confortar os outros, oferecendo-lhes o último pedaço de pão. Podem ter sido poucos, mas constituem prova suficiente de que tudo pode ser tirado a um homem menos uma coisa: a última das liberdades humanas – a possibilidade de escolhermos a nossa atitude em quaisquer circunstâncias, de escolhermos a nossa maneira de fazer as coisas. E havia sempre escolhas a fazer. Em cada hora de cada dia havia oportunidades para tomar decisões…”
“Se existe um sentido na vida, então tem de haver um sentido no sofrimento. O sofrimento é uma parte inextripável da vida, tal como o destino e a morte. Sem o sofrimento e a morte, a vida humana não está completa.”
“Um pensamento trespassou-me: pela primeira vez na vida podia ver a verdade tal como transposta em música por tantos poetas, tal como proclamada como verdadeira sabedoria por tantos pensadores. A verdade – o amor é o supremo e mais elevado objetivo a que o homem pode aspirar. Vislumbrei então o significado do maior segredo que a poesia, o pensamento e as crenças dos seres humanos podem comunicar: A salvação dos homens consegue-se no amor e pelo amor.”
Viktor E. Frankl era ainda um jovem psicoterapeuta quando foi obrigado a entrar no comboio que o levaria para o temido campo de concentração. Mas o que podia ter sido o fim da vida de Viktor foi, na verdade, um aprendizado.
Nos dias mais negros da sua vida Viktor conseguiu ver a esperança nas pequenas coisas, encontrar o humor nos piores momentos, aceitar e respeitar o sofrimento. Não se revoltou e, ao não se revoltar, sobreviveu. Perdeu tudo o que mais amava mas conseguiu seguir em frente, com uma nova compreensão da raça humana, do seu sofrimento e das suas motivações.
Este livro não foi o que eu esperava. Pensei que fosse um texto muito mais literário, muito menos analistico. Mas a verdade é que Viktor conta a sua experiência e a dos que com ele conviveram de uma forma extremamente distante, extremamente imparcial.
Por um lado, isso é bom. Permite-nos entender aqueles dias e o sofrimento daquelas pessoas de uma maneira completamente diferente. Por outro, é um tanto ou quanto estranho. Demasiado distante, no meu ponto de vista.
Acho que este é um livro interessante para quem se interessa por psicologia e pelo lado psicológico do sofrimento. Eu, sinceramente, esperava algo um pouco mais literário.
A leitura é fácil, o livro não é grande e a escrita é muito boa. Vale a pena a leitura, mas não é um livro 5*.
Livro recomendado!