” “Senti-me inundado por lembranças dolorosas”, Continuou Otto. “Nunca tinha imaginado a profundidade dos seus pensamentos e sentimentos.” “
“Não creio que a guerra seja simplesmente obra de políticos e capitalitas. Não, o homem comum é tão ou mais culpado. Virá o tempo em que voltaremos a ser pessoas e não apenas judeus.”
“…olhar para o céu, as nuvens, a lua e as estrelas inspira-me realmente calma e esperança… a natureza faz-me sentir humilde e pronta a enfrentar cada golpe com coragem!”
Anne Frank nasceu a 12 de Junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, e faleceu em Fevereiro de 1945 num campo de concentração da segunda guerra mundial. De origem judaica, Anne viveu escondida num anexo no sótão do trabalho do pai com a sua família e mais alguns amigos durante grande parte da guerra. Acabaram por ser denunciados e enviados para os campos de concentração. O Diário de Anne Frank, que Anne escreveu durante esse período em que viveu escondida, é um dos mais reconhecidos livros sobre essa época. O livro que vamos falar hoje é a biografia de Anne Frank em banda desenhada, criada por Sid Jacobson e Ernie Colón.
Quem me conhece sabe que eu não sou uma grande leitora de banda desenhada. Leio um livro aqui e outro ali, mas sou no geral bastante “picuinhas”. Não é qualquer uma que me atrai e muitas vezes começo alguma e acabo por desistir da leitura antes de terminar. Não é o meu género de leitura preferido.
No entanto de quando em vez acontece-me isto: passa-me uma banda desenhada pela mão e eu fico apaixonada logo de cara. Foi o que aconteceu com esta biografia gráfica.
Este livro é fantástico. Não se limita ao tempo que Anne passou no anexo, contando-nos também o seu antes e a história da sua família e o seu depois, no campo de concentração. Nunca tinha conhecido a história desta menina que marcou a história da humanidade de forma tão forte, tão a fundo. E adorei conhecê-la.
É claro que não é, se formos olhar com olhos de ver, um livro leve. Nunca o poderia ser, sendo a história de Anne tão dura. Ver as imagens que representam Anne e a irmã no campo de concentração dá um aperto no coração. Dói imaginá-la assim, toca-nos. Mas é a realidade.
Os desenhos são maravilhosos e a história está contada de uma forma muito simples, que se lê facilmente. A forma como o livro está dividido também é uma coisa que facilita imenso a leitura. Sendo este um livro recomendado pelo plano nacional de leitura para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma, isso é um grande ponto a favor.
Livro recomendado!