“Existem três tipos de pessoas. As de cima, as de baixo e as que caem”
O poço é uma prisão de muitos andares. Em cada andar, duas pessoas. Todos os dias, uma vez por dia, uma plataforma move-se de cima para baixo, com a refeição daquele dia. Um verdadeiro banquete, com os pratos preferidos de todos os prisioneiros. Mas os de cima comem muito, os de baixo comem o que sobrar. Uma vez por mês é libertado um gás que põe todos os prisioneiros a dormir e, quando acordam, estão num andar diferente. Nunca sabem em qual antes de acordarem e tanto podem ir parar a um andar de cima onde conseguem muita comida ou a um andar de baixo onde já não comem nada. E o que se faz quando se é obrigado a passar, com outra pessoa, um mês inteiro sem comida?
Esta é uma história muito perturbadora. Não o recomendo a quem for facilmente impressionável, a quem estiver deprimido ou mesmo apenas num dia mau. É praticamente impossível ver o filme e não nos imaginarmos no lugar daquelas pessoas. O desespero, a fome, a fome e o desespero. Será que chegaríamos ao mesmo ponto daquelas pessoas se estivéssemos naquelas circunstâncias?
O Poço é um filme realmente assustador. E o que mais choca é que não há monstros, fantasmas nem nada de sobrenatural neste filme: são só pessoas! Pessoas no limite do desespero. Não será essa uma definição possível de monstro?
É difícil ver este filme até ao fim. Muito difícil. Há certas cenas em só dá vontade de desviar o olhar, de parar o filme. Eu fiz isso. Mas acabei por ver até ao final que, admito, não me “encheu as medidas”.
Filme recomendado. Mas só para os fortes!
Eu gostei do filme mas, na minha opinião, esperava um final diferente e, confesso, que ainda hoje não o entendi bem.
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