Vamos pôr a leitura em dia na quarentena? Hoje trazemos uma lista com dez livros digitais grátis para ler na quarentena. Todos bons clássicos da literatura. Se quiser ler algum deles, basta carregar no título!
Boas leituras!!
Mistérios de Lisboa – Camilo Castelo Branco
Sendo o segundo romance de Camilo Castelo Branco, editado em 1854 mas publicado original- mente em folhetins no diário portuense O Nacional. Influenciado pelo romance-folhetim em voga na época, Mistérios de Lisboa mergulha-nos num turbilhão imparável de aventuras e desventuras, coincidências e revelações, sentimentos e paixões violentos, vinganças, amores desgraçados e ilegítimos, de que o leitor não consegue libertar-se até à última página. Com uma galeria de personagens inesquecíveis, como o Padre Dinis, que de aristocrata e libertino se converte em justiceiro, assumindo diversas identidades, estes Mistérios de Lisboa ultrapassam, quer as fronteiras do género em que se inspiraram — como bem nota João Tordo no Prefácio a este edição —, quer as dessa Lisboa que a obra percorre, mas onde chegam ou de onde partem para França, Inglaterra, África, Brasil todos os piratas, ciganos, aristocratas, burgueses, mulheres de má nota, santas, assassinas, desgraçadas e venturosas pesonagens que por aqui se cruzam… Uma viagem pela alma humana e pelo século XIX, como pelos meandros de uma cidade. Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.
Viagens na Minha Terra – Almeida Garret
Não podemos sair à rua mas podemos sempre viajar… através dos livros! Em Viagens na Minha Terra, publicado inicialmente em folhetim entre 1845 e 1846, Almeida Garrett descreve a viagem que fez entre Lisboa e Santarém, bem como as suas impressões sobre os locais por que passou. No meio destas deambulações, conta a história de Joaninha, a menina dos rouxinóis, de Carlos, que encarna o herói romântico, e de Frei Dinis, entrelaçando a tragédia que liga estas personagens com as suas crónicas de viagem.
O romance “Os Pobres” é um dos títulos principais na obra de Raul Brandão e um dos mais marcantes da Literatura Portuguesa. Conjugando a influência de Dostoievski com o Modernismo, nesta obra, com uma escrita poética e filosófica, e na qual Raul Brandão rompe com a tradição, o Autor dá-nos mais um retrato da condição humana, tema de todas as grandes obras literárias.
Em Iracema, Alencar criou uma explicação poética para as origens da sua terra natal, o Ceará. A “virgem dos lábios de mel” tornou-se símbolo do Ceará, e o seu filho, Moacir, nascido dos seus amores com o colonizador português Martim, representa o primeiro cearense, fruto da união das duas raças. A história é uma representação do que aconteceu com a América na época de colonização europeia.
As Minas de Salomão – Rider Haggard
Alão Quartelmar, um experiente caçador de elefantes, é procurado por um barão inglês que lhe pede ajuda para encontrar o seu irmão desaparecido em África quando procurava as lendárias minas do rei Salomão. Quartelmar, o barão e o capitão John enfrentam as feras na selva, atravessam o deserto, transpõem uma barreira de montanhas e descobrem a milenária nação dos Cacuanas, governada por um tirano sanguinário e uma feiticeira que se diz imortal. A obra aqui apresentada resulta de uma adaptação, feita pelo escritor português Eça de Queirós, a partir do romance original escrito por R. Haggard. Eça confere-lhe um toque pessoal, assente na riqueza descritiva, um atributo inegável da sua escrita. O estilo inigualável do grande escritor português enriquece os relatos de uma aventura em terras africanas. Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 8º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.
O Banqueiro Anarquista e Outros Contos Filosofais – Fernando Pessoa
Misto de «sátira dialéctica» e de «conto do raciocínio», segundo o próprio autor, O Banqueiro Anarquista (1922) desenvolve-se entre um personagem anónimo e um ex-operário, também anónimo, que se tornou banqueiro. No diálogo, este último narra o seu processo de formação, procurando demonstrar logicamente porque é realmente «anarquista», na teoria e na prática. Trata-se de uma obra bastante actual, que choca pelo seu carácter vincadamente universal, pois este é um diálogo que poderiam manter duas personagens em qualquer parte do mundo (sobretudo ocidental).
Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
Um dos maiores romances escritos em português e o mais marcante da obra de Machado de Assis. Este livro é uma festa da língua, revolucionário, destroçando todas as convenções literárias do seu tempo. O leitor é maltratado, há capítulos em branco, outros sem utilidade. Brás Cubas, o improvável herói desta história, não fez nada de especial. Apaixonou-se por uma mulher casada, falhou uma carreira política, nunca teve filhos. Depois morreu, e então escreveu as suas memórias.
Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Cesário Verde, o “repórter do quotidiano”, consegue, como nenhum outro poeta português, observar os pormenores mais prosaicos da realidade exterior – da cidade e do campo -, captá-los através de todos os sentidos e representá-los em verdadeiras aguarelas que são os seus poemas.
A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães
Escrava de pele branca, a linda e doce Isaura foi criada e educada como filha na família a que pertencia. Durante muito tempo, foi a protegida da matriarca, que prometeu que, após sua morte, a moça seria liberta. Entretanto, esse desejo não foi atendido pelo filho e herdeiro da família, e Isaura se tornou propriedade de Leôncio, um jovem sem carácter que, mesmo casado, se interessava obsessivamente por ela.Para afastá-la do assédio de Leôncio e de outros homens da fazenda, o pai da moça, Miguel, um homem livre, tenta comprar a filha, mas não consegue. Decide então fugir com a moça para o nordeste do país. Os dois se instalam em Recife e adoptam novos nomes. Lá, Isaura conhece Álvaro, rapaz rico, estudante, por quem se apaixona e é correspondida. Ele fica sabendo que ela é uma escrava fugida, mas não deixa de amá-la.Tendo sido descoberta e recapturada, Isaura volta para a fazenda de Leôncio, que a submete a castigos e humilhações porque não cede a suas investidas. Enquanto isso, Álvaro, que não desiste de sua amada, vai fazer de tudo para ficarem juntos.Publicado pela primeira vez em 1875, esse romance é considerado um marco na literatura abolicionista brasileira.
Livro em brasileiro.
Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
Em Memórias de um sargento de milícias, figura como protagonista não o típico herói romântico, mas, como bem indicou António Cândido no seu livro Dialética da malandragem, “o primeiro grande malandro da novelística brasileira”. O romance de Manuel Antônio de Almeida narra as peripécias de Leonardo, filho de Leonardo-Pataca e Maria-da-Hortaliça, e por meio delas retrata com cinismo e comicidade a sociedade carioca da primeira metade do século XIX.
Livro em brasileiro.
Grandes clássicos! Bela indicação!
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