
“- Tenho tantos nomes quanto os anos que o tempo tem! – vociferou o monstro. – Sou Herne, o Caçador! Sou Cernuno! Sou o Intemporal Homem Verde!
Um grande braço desceu e agarrou Conor, levantando-o no ar, o vento a rodopiar em redor deles, fazendo a pele frondosa do monstro ondular furiosamente.
– Quem sou eu? – repetiu o monstro, ainda a urrar. – Sou a crista de onde as montanhas pendem! Sou as lágrimas que os rios choram! Sou os pulmões que exalam o vento! Sou o lobo que mata o veado, o falcão que mata o rato, a aranha que mata a mosca! Sou o veado, o rato e a mosca que são devorados! Sou a serpente do mundo que devora a própria cauda! Sou tudo o que é indomado e indomável! – Aproximou Conor de um olho.
– Sou esta terra selvagem e vim buscar-te, Conor O’Malley.”

Patrick Ness nasceu a 17 de outubro de 1971 na Virginia, EUA. É escritor, jornalista e conferencista e já foi professor de escrita criativa.
Em Sete minutos depois da meia-noite conhecemos Conos O’Malley, um rapaz de treze anos que todas as noites tem o mesmo pesadelo e que certa noite começa a ser visitado, à 0h07m, por um monstro que é o teixo do seu jardim. Esse monstro vem para lhe contar três eestranhas histórias e, no fim, para ouvir a quarta história da boca de Conor, uma história que seja verdade. Acontece que a mãe de Conor está doente, muito doente. O pai mora na América e a avó não é uma avó muito comum.
Sete minutos depois da meia-noite é um livro que pode ser considerado juvenil e jovem adulto e que fala de um tema extremamente difícil: a doença e a perda de uma mãe.
É um livro que está magnificamente escrito, que tem aventuras e emoções na quantidade certa, uma história dolorosa mas bonita, de crescimento e aprendizado. E consegue fazê-la adequada para as idades dos leitores desta obra, sem se tornar fastidiosa ou desinteressante. Provavelmente, um dos melhores livros para estas idades que conheço.
Muito recomendado! 5*
Eu durante anos, na minha infância, também tive um pesadelo recorrente. Acabava sempre da mesma maneira, era horrível, eu caía a cama com tanto que me mexia. Só deixei de os ter, quando numa noite o sonho continuou e mostrou que o assassino de quem eu tanto fugia no sonho, era eu. Horrivel, mas foi assim que terminou.Mas nunca me esqueci e se fechar os olhos ainda consigo ver tudo na minha mente
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