“Mas no olhar dela há como que uma dança. Lale olha-a no fundo dos olhos e é como se o seu coração parasse e, ao mesmo tempo, batesse pela primeira vez, com muita força, tanta que ameaça saltar-lhe do peito.”

Em O Tatuador de Auschwitz conhecemos a história verídica de Lale  Sokoloc e Gita. Lale, prisioneiro do campo de concentração, orna-se o tatuador do campo, que escreve o fatídico número de identificação em cada prisioneiro. É aí que conhece Gita, uma prisioneira como ele, e se apaixona.

Amor à primeira vista ou não, o certo é que um romance num campo de concentração não é uma coisa fácil. Conquistar alguém, conhecer alguém, torna-se uma tarefa hercúlea. Ainda mais se tivermos em conta o medo de não se estar vivo no dia seguinte.

Já li muitas histórias dentro desta temática, muitas delas também verídicas, passadas em campos de concentração. São, na sua maioria, histórias de uma dor e de um sofrimento assombroso. Algumas são também histórias de fé e esperança.  Mas esta é diferente: é uma história de amor.

É uma história que nos toca o coração. Traz-nos o amor mais puro, mais sincero, de quem se apaixona pelo outro quando ele está no seu pior. Mostra-nos a fugacidade que o amor tem quando não sabe se o amado estará vivo no dia seguinte. Lembra-nos a importância de aproveitar cada momento e nunca parar de amar e de ter esperança.

Por trás desta história de amor, claro, os horrores da guerra. Difícil é perceber como é que aquelas pessoas continuavam a lutar, a ter esperança num futuro melhor.

Este é um livro fantástico, que se lê num sopro, que nos lembra a importância de dizer amo-te aos que amamos. É um livro que nos mostra que mesmo nos terrenos mais áridos, por vezes, nascem flores. E que nos relembra que a vida é difícil, realmente difícil por vezes, mas que o importância é não desistir.

Porque o amor vence tudo.

Livro muito recomendado!