Da primeira vez que Harry August nasceu, ele pensou que era um homem normal. No entanto ele morreu e voltou a nascer, de novo, na mesma vida. Então ele percebeu que algo estranho se passava.
Harry passa então as suas vidas seguintes em busca de respostas. Porque renasce ele? Há maneira de quebrar o ciclo? Há mais pessoas como ele? Porquê sempre na mesma vida, na mesma situação? Há uma explicação cientifica?
Um soldado, um fugitivo, um homem de fé, um assassino. Não importa que escolhas faz, o fim é sempre o mesmo: a morte e o renascimento, de novo no mesmo local, na mesma época.
Até que um dia Harry encontra finalmente mais pessoas como ele. Várias, de várias épocas, com o seu próprio sistema de comunicação e as suas próprias regras. Chamam-se a si próprios ouroborianos.
Então, as questões alteram-se, complicam-se. Porque não mudar o passado, porque não alterar o futuro? O que aconteceria se alguém matasse Hitler ainda no berço? Ou se desse só uma ajudinha para a ciência evoluir mais depressa?
Um dia começam a chegar mensagens inquietantes do futuro: o mundo está a acabar mais depressa do que devia. E os ouroborianos estão a renascer sem memória das suas vidas passadas. Não podem fazer nada.
Resta apenas Harry para salvar o mundo. É o único que se lembra de tudo.
Apesar deste não ser o meu género literário preferido, adorei este livro.
Não é algo que se leia facilmente em dois dias, mas é um livro para passar um bom bocado, capaz de fazer pensar. Levanta muitas questões importantes, tem muito conteúdo, muitas personagens e uma história tremendamente bem construída. Não é fácil, enquanto escritor, conseguir conjugar tantos factos, tantas datas, tantos acontecimentos fictícios e reais simultaneamente.
Até que ponto aquilo que fazemos hoje pode mudar o nosso futuro? E o da humanidade? Como vão as nossas escolhas afectar-nos?