
“É extraordinária a forma por que uma pequena cidade toma conta de si própria e de todas as suas unidades. Se cada homem e mulher, jovem ou criança, agir e se conduzir segundo um padrão conhecido e não ultrapassar as barreiras, se não quiser ser diferente dos outros, se não fizer experiências novas, não adoecer e não puser em perigo a tranquilidade e a paz de espírito, ou o fluir incessante e ininterrupto da cidade, essa unidade pode desaparecer e nunca mais se fala dela. Mas basta um homem abandonar os conceitos normais ou os padrões conhecidos e seguros para os nervos dos cidadãos vibrarem de nervosismo e a comunicação percorrer todas as fibras nervosas da cidade. Nessa altura, cada unidade está em contacto com o todo.”

John Steinbeck nasceu a 27 de fevereiro de 1902 na Califórnia e faleceu a 20 de dezembro de 1968 em Nova Iorque. Foi escritor, membro da Ordem DeMolay e recebeu o Nobel da Literatura em 1962. Já lemos deste autor As Vinhas da Ira e Ratos e Homens.
Kino é um homem simples e pobre, um pescador de pérolas que vive numa cabana com a sua esposa Juana e o filho bebé Coyotito. Um dia Coyotito é mordido por um escorpião e num ato de desespero, para poder pagar ao médico, Kino parte em busca de pérolas. É então que se dá o milagre e Kino encontra a maior pérola já vista, a Pérola do Mundo. Mas quando começa a tentar vendê-la as coisas começam a correr mal, muito mal…
Esta história é baseada num conto popular mexicano. É, portanto, muito diferente dos livros anteriores que eu li do autor. Lê-se muito bem, é uma história forte, bonita e comovente mas que em nada se compara às outras. Apesar do seu significado, da sua lição e até da sua própria história enquanto narrativa popular, foi uma história que não me conquistou totalmente, pois as minhas expectativas estavam muito elevadas.
Recomendado. 3*