
Os habitantes da ilha eram de todas as formas e feitios: altos e baixos, gordos e magros, carecas e cabeludos. Os habitantes do continental também: uns eram altos e outros baixos, uns gordos e outros magros, uns carecas e outros cabeludos. Ainda assim, os habitantes da ilha queriam ser mais como os habitantes do continente… queriam ser continentais! Decidem então construir uma ponte que ligue a ilha ao continente. Começam por tirar a pedra da sua montanha, para construirem a ponte e os seus pilares… mas a montanha acaba antes da ponte estar construída. Depois, decidem fazer o resto da ponte suspensa, usando para isso a madeira das árvores da sua floresta…mas a floresta acaba antes da ponte estar terminada. Então, como o continente está quase ali, decidem criar um pontão de areia com a areia da sua praia para finalmente chegarem ao continente. Mas a maré cheia do continente é mais alta que a maré cheia da ilha…
Um livro brilhante, sobre aquilo a que aspiramos e a forma como o homem usa e abusa de tudo ao seu redor para alcançar os seus objetivos. Os habitantes da ilha acabam por nunca se tornar continentais e por ficar sem ilha para a qual voltar, um final triste mas apelativo, um forte reflexo da realidade. Bonito e sem dúvida muito instrutivo.
Recomendado! 5*