Um dia Fausto decidiu que queria ser dono de tudo. Começa por dizer à flor “Tu és minha!” e a flor cede. Depois uma ovelha, uma árvore, um lago e uma montanha. Sentindo-se cada vez mais confiante Fausto avança em direcção ao mar, para o tornar também a ele, seu. Mas será que Fausto entende realmente o mar? Poderá alguma vez possuí-lo?
Ao ler esta história tive, por momentos, a sensação de estar novamente a ler A Árvore Generosa, de que falei aqui e que eu francamente odeio. O Fausto desta história é muito parecido com o menino-homem da história da Árvore Generosa. São personagens egoístas, centradas nos seus próprios desejos, que não pensam nunca nos outros.
Não vou dizer que O Destino de Fausto não é um livro bem escrito. É lindo, se o observarmos desse ponto de vista. Mas tal como com A Árvore Generosa, não percebo o porquê da sua existência. As crianças têm muito tempo pela frente para se confrontarem com personagens pessoas assim. Porque temos de lhes incutir tão cedo esta informação?
É um livro bonito mas não esperava este livro vindo do Oliver Jeffers. Não é um livro que eu recomende a não ser que seja devidamente trabalhado, por psicólogos ou professores com os conhecimentos adequados. E o fim da história só o torna mais pesado.
Não recomendo. 2*