Confinamento, limpeza de estantes e, claro está… livros a mudar. Hoje vamos falar sobre os livros que vão sair das nossas estantes neste confinamento! É o segundo Book Unhaul que fazemos aqui no blog e podem ver o primeiro neste link.
Vamos a isto?
Crime na Mesopotâmia – Agatha Christie
Amy Leatheran é uma jovem enfermeira encarregada de acompanhar o casal Kelsey na sua viagem para Bagdade. Finda a tarefa para a qual fora contratada, Amy prepara o seu regresso a Londres quando é inesperadamente contactada pelo Dr. Leidner, um arqueólogo de renome, para dar assistência à sua mulher, Louise. De facto, Louise é uma pessoa extremamente nervosa e sofre de súbitos e incontroláveis ataques de pânico. No cenário longínquo de uma escavação arqueológica nas margens do rio Tigre, Amy conquista o afecto e a confiança de Louise, que lhe faz confidências sobre o seu passado e chama a atenção para os estranhos acontecimentos que ocorrem no acampamento e cuja origem é unanimemente atribuída aos seus próprios problemas nervosos. Mas depressa se torna óbvio que as suas suspeitas estavam correctas. E quando a tensão tinge o seu auge eis que surge o inigualável Hercule Poirot, numa oportuna viagem pela Mesopotâmia. Por entre um labirinto de segredos e mentiras, Poirot parece, desta vez, ter chegado tarde de mais…
Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley
Admirável Mundo Novo é uma parábola fantástica sobre a desumanização dos seres humanos. Na utopia negativa descrita no livro, o Homem foi subjugado pelas suas invenções. A ciência, a tecnologia e a organização social deixaram de estar ao serviço do Homem; tornaram-se os seus amos. Desde a publicação deste livro, o mundo rumou a passos tão largos na direcção errada que, se eu escrevesse hoje a mesma obra, a acção não distaria seiscentos anos do presente, mas somente duzentos. O preço da liberdade, e até da simples humanidade, é a vigilância eterna.
Fernão Capelo Gaivota – Richard Bach
Fernão é diferente de todas as outras gaivotas do Bando. As outras foram educadas, desde pequenas, a cumprir a sua missão: ir para o mar e trazer o alimento. E é o que fazem, dia após dia, desde sempre. Sem nunca se questionarem por quê. Fernão não percebe. Ele voa por prazer, voa cada vez melhor, e sabe que o voo, em si mesmo, é um dom único. E, aos poucos, desafiando as rígidas regras do Bando, assume o seu desejo de se aperfeiçoar, de usar melhor esse fantástico poder de voar. E procura ir sempre cada vez mais rápido, cada vez mais longe, até onde as asas o levarem – levando as suas experiências ao limite e arriscando a própria vida. Mas o Bando não vê com bons olhos aquelas aventuras. E acaba por expulsá-lo, condenando-o ao exílio… Livro mágico, que encantou mais de 40 milhões de leitores em todo o mundo, e deu origem a filmes e discos, Fernão Capelo Gaivota é uma fábula sobre o poder dos nossos sonhos – e até onde eles nos podem levar. O nosso caminho, o nosso destino, está escrito há muito dentro de cada um. Muitas vezes, porém, tendemos a ignorá-lo, levados pela opinião dos que nos rodeiam, pelas críticas que ouvimos. Quando, na verdade, podemos simplesmente escolher o nosso próprio caminho, lutar por muito mais do que aquilo que temos… E aprender verdadeiramente a voar.
Clarissa – Erico Veríssimo
Escrito em 1933, o primeiro romance de Erico Verissimo trata das descobertas de uma jovem de treze anos que se muda do interior para a capital do Rio Grande do Sul. Otimista e confiante, Clarissa mora em uma pensão familiar, onde convive com personagens que lhe apresentam as contradições da vida. Através do olhar de uma menina, um dos mais consagrados autores brasileiros retrata a Porto Alegre da década de 1930 e, ao mesmo tempo, as convulsões do país e do mundo naquele período.
A Menina que Fazia Nevar – Grace McCleen
Judith McPherson é uma menina de dez anos que vive com o pai numa pequena cidade do Reino Unido. Mas entre o bullying a que é sujeita na escola e a relação distante que o pai, um homem de grande fervor religioso, tem com ela, os seus dias são bastante solitários e sombrios. No mundo em miniatura que construiu no seu quarto que consegue encontrar algum consolo. Chama-lhe a Terra de Leite e Mel e construiu-o sobre os alicerces da fé e do encantamento. A Menina Que Fazia Nevar é uma reflexão perspicaz sobre a natureza poderosa da fé e o perigo dos fundamentalismos religiosos, e um hino à força da imaginação e do amor.
O Oito – Katherine Neville
Sul de França, 1790. No auge da Revolução Francesa, o lendário tabuleiro de xadrez de Carlos Magno, oculto há mais de um milénio nas profundezas da Abadia de Montglane, corre o risco de ser descoberto. As suas peças encerram um intricado enigma e quem o decifrar terá acesso a uma antiga fórmula alquímica que lhe concederá um poder ilimitado. Para mantê-las fora do alcance de mãos erradas, as noviças Mireille e Valentine deverão espalhá-las pelos quatro cantos do mundo. Dois séculos depois, Catherine Velis, uma jovem perita informática, é enviada para a Argélia com o objetivo de desenvolver um software para a OPEP. Nas vésperas da sua partida de Nova Iorque, um negociante de antiguidades faz-lhe uma proposta misteriosa: reunir as peças de um antigo xadrez. Cat vê-se assim envolvida na busca do lendário jogo de xadrez e torna-se numa das peças desta partida milenar, jogada ao longo dos séculos por reis e artistas, políticos e matemáticos, músicos e filósofos, libertinos e o próprio clero. Quem está de que lado? De quem será o próximo lance?
A Inutilidade do Sofrimento – M. J. Alava
Apesar de muitas pessoas se sentirem prisioneiras das suas rotinas, repetem constantemente os mesmos erros que as fazem sentir-se mal. Veem as dificuldades como obstáculos impossíveis de ultrapassar, em vez de perceberem as oportunidades fantásticas que nos oferecem. No entanto, é possível quebrar este ciclo vicioso e vivermos de maneira positiva, com realismo e com a certeza que podemos conduzir a nossa própria vida. Maria Jesús Alava Reyes, com mais de 25 anos de experiência no campo da psicologia, reúne neste livro, reflexões, pautas de comportamento, exercícios de auto controlo e numerosos testemunhos que nos ajudam a quebrar com o nosso sofrimento inútil e olhar a vida, não como uma tragédia, mas como um presente, cheio de oportunidades, que devemos aproveitar dia após dia.
O Sabotador – Andrew Gross
Fevereiro de 1943. Os Aliados descobrem que os nazis estão perigosamente perto de construir uma arma decisiva para o desfecho da guerra. E têm de fazer tudo para os impedir. Kurt Nordstrum é um engenheiro que faz parte da resistência que quer livrar a Noruega da influência de Hitler. Após perder a noiva, foge para Inglaterra, levando provas secretas sobre o progresso dos nazis na construção da bomba atómica. Com o destino da guerra em mãos, e em nome da lealdade e do dever, ele coloca em risco a pessoa que mais quer proteger. No final, o que estará disposto a sacrificar?
O Carteiro de Auschwitz – Joe Rosenblum e David Kohn
O Carteiro de Auschwitz é a história verdadeira de um adolescente a quem tentaram roubar a vida e os sonhos. Apanhado no turbilhão do Holocausto, este jovem sobreviveu a uma sequência de dramas tão angustiantes que se torna difícil aceitá-los como factos reais. Uma confiança inabalável, uma bondade sem limites, um exemplo perfeito de bravura e caráter. Joe Rosenblum era ainda criança quando assistiu à invasão nazi da sua pequena cidade na Polónia. Foi por pouco que escapou à execução em massa de que foi vítima o irmão. Joe mudou-se primeiro para uma quinta, onde trabalhou, e cujos proprietários o protegeram e o ajudaram a prover o sustento da família durante algum tempo. Depois, viu-se obrigado a refugiar-se junto de ex-prisioneiros russos. a sua inacreditável jornada de sobrevivência começa após ser capturado pelos alemães. O mensageiro secreto que sobreviveu ao campo de concentração mais terrível da história. Inteligente, criativo e extremamente pragmático, Joe desafiou a morte, transportou a esperança e deu um exemplo perfeito de humanidade, otimismo e perseverança. com uma bondade sem limites, ele entregou mensagens secretas aos prisioneiros, salvou crianças da câmara de gás e devolveu a luz e a esperança ao coração dos homens num dos períodos mais terríveis da história mundial. Uma poderosa mensagem de fé e esperança na humanidade.
O Médico e o Monstro – Robert Louis Stevenson
Londres, final do século XIX: um misterioso homem que desafia a polícia metropolitana; um advogado em busca de desvendar a real identidade criminoso. O clima sombrio da capital inglesa contorna a história e dá o tom de mistério, pois mesmo durante o dia, a névoa deixa a cidade escura, transformando os seus habitantes em vultos fantasmagóricos. Escrito em 1886, o contexto histórico do país também é transcrito na trama: o crescente progresso nas pesquisas e nos experimentos científicos, o contraste económico, o centro urbano em estado de caos, a poluição e o aumento da criminalidade. A questão de todos terem em si o Bem, cristalizado em condutas corretas e morais, e o Mal, quando as convenções sociais são abstraídas e os atos condenáveis são cometidos, é um tema atual e aplicável em diversos setores da vida, sendo um dos motivos que torna O Médico e o Monstro um dos clássicos imortais da literatura. A atmosfera de suspense é trabalhada extremamente bem e o leitor percebe o tempo todo a escuridão por detrás da história. Afinal, quantas e quantas vezes não temos que lidar com as tantas facetas obscuras daqueles com quem convivemos?
A Paixão do Jovem Werther – Johann Wolfgang Goethe
Romance epistolar com raízes autobiográficas, A Paixão do Jovem Werther foi publicado pela primeira vez em 1774. Nas cartas dirigidas ao seu amigo Wilhelm, Werther, um jovem artista extremamente sensível e delicado, descreve a sua vida em Wahlheim, uma pequena aldeia para onde se mudou. Ali Werther conhece Charlotte, uma jovem de incrível beleza que, para grande infortúnio do rapaz, está noiva de Albert, um homem onze anos mais velho. Porém o jovem artista vê-se incapaz de controlar as suas emoções e apaixona-se loucamente por Lotte, dando azo a um dos mais famosos triângulos amorosos da história da literatura ocidental. Quando a impossibilidade de ter para si a sua amada se torna dolorosamente insuportável, Werther percebe que existe apenas uma solução, uma solução que fará cair o manto negro da tragédia sobre a pequena aldeia de Wahlheim.
1984 – George Orwell, Fido Nesti
No ano 1984, Londres é uma cidade lúgubre, em que a Polícia do Pensamento vigia de forma asfixiante a vida dos cidadãos. O mais grave dos crimes é ter uma mente livre. Winston Smith é um peão nesta engrenagem perversa e a sua função é reescrever a História para a adaptar ao que o Partido considera a versão oficial dos feitos. É o que faz, até decidir questionar a verdade do sistema repressor. Na ânsia de liberdade e verdade, arrisca a vida ao apaixonar-se por uma colega, a bela Julia, e rebelar-se contra o poder vigente. Publicada originalmente em 1949, a obra mais poderosa de George Orwell é, pela primeira vez, adaptada a novela gráfica, no traço do artista brasileiro Fido Nesti, que capta magistralmente os rostos, corpos e cenários de um mundo que, cada dia, é menos difícil de imaginar.
O Homem de Giz – C. J. Tudor
Toda a gente tem segredos… Tudo aconteceu há trinta anos, e Eddie convenceu-se de que o passado tinha ficado para trás. Até ao dia em que recebeu uma carta que continha apenas duas coisas: um pedaço de giz e o desenho de uma figura em traços rígidos. À medida que a história se vai repetindo, Eddie vai percebendo que o jogo nunca terminou. Um mistério em torno de um jogo de infância que enveredou por um caminho perigoso. Um livro diferente dentro do género thriller, uma vez que combina o psicológico com um toque de Stephen King e umas pinceladas de Irvine Welsh.
O Vencedor está Só – Paulo Coelho
O Vencedor Está Só é, segundo Paulo Coelho, uma fotografia do mundo em que vivemos. A acção, em ritmo acelerado, passa-se em 24 horas, durante o Festival de Cinema de Cannes. Mas não é a indústria cinematográfica que está em jogo para Igor Dalev, o empresário russo que chega à cidade francesa com a obsessão de recuperar Ewa, o grande amor da sua vida. Para chamar a atenção da ex-mulher, Igor transforma-se num assassino em série. Em torno desta mente doentia estão produtores, actores consagrados, candidatas a actriz, top models e estilistas, num retrato impiedoso da Superclasse, a elite, da elite que define o rumo da vida dos nossos dias. Transmitindo ao leitor pormenores de como vivem e se comportam as personagens baseadas na vida real, Paulo Coelho faz do seu romance não só um testemunho da crise de valores de um universo centrado nas aparências mas, acima de tudo, um thriller que se lê de um só fôlego.
Wolf Hall – Hilary Mantel
Inglaterra, década de 1520. Henry VIII ocupa o trono, mas não tem herdeiros. O cardeal Wolsey, o seu conselheiro principal, é encarregue de garantir a consumação do divórcio que o papa recusa conceder. É neste ambiente de desconfiança e de adversidade que surge Thomas Cromwell, primeiro como funcionário de Wolsey e, mais tarde, como seu sucessor. Thomas Cromwell é um homem verdadeiramente original. Filho de um ferreiro cruel, é um político genial, intimidante e sedutor, com uma capacidade subtil e mortal para manipular os outros e as circunstâncias. Impiedoso na perseguição dos seus próprios interesses, é tão ambicioso na política quanto na vida privada. A sua agenda reformadora é executada perante um parlamento que atua em benefício próprio e um rei que flutua entre paixões românticas e acessos de raiva homicida. Escrito por uma das grandes escritoras do nosso tempo, Wolf Hall é um romance absolutamente singular.
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