“Ele comentou que as pessoas andavam a dizer que o meu livro era feminista. O seu conselho – disse, abanando a cabeça com ar consternado – era que eu nunca, nunca me definisse como feminista, já que as feministas são mulheres infelizes que não conseguem arranjar marido.” (pág. 13)
“Decidi parar de me desculpar por ser feminina. E quero ser respeitada pela minha feminilidade. Porque eu mereço. Gosto de política e história, e adoro uma conversa boa, produtiva. Sou feminina. Sou feliz por ser feminina. Gosto de saltos altos e de variar os batons.” (pág. 40)

Chimamanda Ngozi Adichie nasceu a 15 de setembro de 1977 em Enugu, na Nigéria. Tem atraído as atenções nos últimos tempos pelas suas obras e por se declarar afincadamente feminista.
Até onde me recordo, ainda não tinha lido nada de Chimamanda, mas fiquei totalmente fã dela com esta obra. É um livro curto onde ela fala um pouco sobre feminismo e sobre a forma como as mulheres ainda são vistas no mundo e em particular na Nigéria, o seu país.
É curioso ver as coisas que ela conta que acontecem ainda em pleno século XXI. E mais curioso ainda a forma como ela descreve que os homens (e muitas mulheres) não percebem porque é que o feminismo ainda é necessário.
No fim, o livro traz ainda um conto do livro A Coisa à Volta do Teu Pescoço, que entretanto passou para prioritário na minha Wishlist. Para além do conto ser maravilhoso a escrita da autora é muito aliciante. Um texto delicioso.
Uma obra curta, que se lê em menos de um fôlego e muito, muito pertinente.
Recomendado! 5*