“-Sim, Nástienhka, enganamo-nos, embora contra a nossa vontade, ao acreditarmos que a paixão verdadeira, autêntica, atormenta a alma, ao acreditarmos que existe algo de vivo, de tangível, nos sonhos imateriais!”
Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski nasceu a 11 de Novembro de 1821 em Moscovo, na Rússia e faleceu a 9 de Fevereiro de 1881em São Petersburgo. Foi escritor, filósofo e jornalista do Império Russo e é considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história.
Noites brancas são as do início do Verão, e é durante essas noites que o narrador da nossa história se passeia pela cidade e encontra Nástienhka. Ele é um rapaz jovem, mas que tem passado pela vida sem a viver. Ela, mais jovem ainda, tem uma vontade tremenda de viver e espera pelo seu apaixonado, que partiu à um ano e ainda não voltou. Nas suas conversas conhecemos intimamente um e outro e depressa vemos o nosso narrador apaixonar-se. Mas será Nástienhka também capaz de o amar?
Este é um livro que se lê muito bem, apesar de ser escrito de uma maneira a que estamos pouco habituados. É também um livro que uma dose razoável de tristeza, quer pela solidão do narrador, quer pelas incertezas de Nástienhka, quer pelo final do livro que, admito, não era o que eu esperava.
Ainda assim foi uma leitura que gostei muito e que me pesou um pouco na alma. Bonito, amargo, triste.
Livro recomendado! 4*