Sabemos que se aproxima uma nova (e grande) crise. Sabemos que já estão a acontecer despedimentos. Sabemos que já haviam muitas pessoas à procura de novos empregos antes e agora ainda vão haver mais. Por isso hoje vimos dar algumas dicas básicas de como criar um bom currículo. Vamos a isto?
1.
Tipo de currículo
Existem muitos tipos de currículo. Eu, destaco dois. O tradicional, baseado no currículo europass e o criativo. Como decidir qual criar? Fácil, basta pensar qual condiz mais com o ramo profissional que quer ingressar. Alguém que se quer candidatar a um emprego na área da advocacia, por exemplo, precisará de um currículo mais tradicional. Já alguém da área do design, que queira ingressar numa empresa criativa, marcará muitos pontos se tiver um currículo mais criativo, que saía da caixa.
2.
Informações Pessoais
A segunda dica é não exagerar nas informações pessoais! Ninguém que saber o seu peso e altura, a não ser que o emprego seja para modelo. O que deve surgir nesta parte é: o seu nome completo, E-mail, telefone, morada, data de nascimento e endereço do seu perfil em redes profissionais, como o LinkedIn se tiver ou algum portfólio online se tiver e for relevante para o cargo (evite incluir perfil de redes sociais pessoais!!)
Tenha sempre os dados actualizados, não vale a pena entregar o currículo se tiver lá o número de telemóvel que deixou de usar há vinte anos atrás. Pode parecer óbvio, mas é um erro mais comum do que parece.
3.
Foto
Este é uma pormenor importante. Há quem opte por não colocar a foto. A maioria dos recrutadores prefere com foto, mas tudo bem. Mas se optarem por colocar, tirem uma foto decente! Roupa profissional (adequada ao cargo), foto tirada de frente e com fundo branco! Não usem fotos da praia ou selfies tiradas em bares ou qualquer outra coisa do género. A foto que vão pôr ali vai influenciar muito a primeira impressão que vão causar. E se ela não for adequada, podem muito bem não chegar a ter oportunidade de causar uma segunda impressão!
4.
Experiência profissional
Aqui deve colocar: o nome da empresa em que trabalhou e o cargo ocupado, a data em que começou a trabalhar lá e aquela em que saiu (ou se ainda lá está) e as principais funções exercidas. A ordem das experiências profissionais no seu currículo deve ser sempre da mais recente para a mais antiga.
Se ainda não tiver experiência profissional, pode passar directamente para a área da formação. Se tiver imensa, deve optar por colocar apenas aquelas que de alguma forma se relacionam com o cargo. Há pessoas que actuam em duas ou três áreas diferentes e querem sintetizar tudo no mesmo currículo, mas isso é uma má opção, pois pode dar a ideia de que é uma pessoa com falta de foco. Quer candidatar-se a um emprego na área da dança, a outro na área de vendas e a um terceiro como advogado? Tudo bem, mas faça currículos individuais para cada uma dessas áreas. Escolha, no máximo, as cinco experiências profissionais que mais se adequam ao cargo a que se está a candidatar.
5.
Formação
Aqui, aplica-se a mesma regra do ponto anterior. As formações devem surgir da mais recente para a mais antiga. Deve vir a designação do curso, o local onde estudou e as datas. Se tiver muitas formações no currículo, opte por colocar apenas que mais se adequam ao cargo.
6.
Outras experiências relevantes
Esta área é totalmente opcional. Atrevo-me a dizer que a maioria dos currículos não a tem. Ainda assim, pode ser uma área bastante interessante.
Sabe aquele voluntariado que fez, que lhe ensinou imenso mas que não cabe em lado nenhum do currículo? Cabe aqui. Aquelas reuniões que orientou que não estavam relacionadas com o trabalho? A direcção da associação de estudantes? A organização daquele evento importante? Cabe aqui. Se foi algo que lhe ensinou alguma coisa que possa ser relevante para o emprego mas que não foi uma experiência profissional nem uma formação, cabe aqui!
7.
Línguas e outras competências
Os idiomas que fala são uma parte essencial para a maioria das candidaturas. Mas tenha cuidado! Não exagere. Se fala pouco inglês opte por colocar um nível baixo no currículo ou mesmo não colocar. Pior do que ter poucos ou nenhuns idiomas no currículo é ter muitos e, ao chegar à entrevista, não corresponder às expectativas que o seu currículo criou. Passa a imagem de que não é uma pessoa de confiança.
Se quer poder colocar mais idiomas no seu currículo ou aumentar o nível o melhor é mesmo… ir estudar o idioma que quer. Sem desculpas!
Nas outras competências (que pode intitular de outras competências, competências pessoas ou competências relacionadas com o emprego) deve colocar exactamente isso: as outras competências que tem e de que ainda não falou. É uma daquelas pessoas que está sempre a ter ideias para fazer isto ou aquilo? Criativa. Passa muitas horas no computador? Microsoft office na óptica do utilizador. Está sempre à procura de novos conhecimentos? Vontade de aprender!
Não seja modesto nesta área mas não exagere. Escolha no máximo sete ou oito características e fique-se por aí. E não seja redundante.
8.
Erros e formatação
Pode parecer óbvio, mas é provavelmente o ponto mais importante desta lista. Reveja o currículo 200 vezes se for preciso, mas não o envie com erros! Passa uma péssima imagem e diminui imenso as suas hipóteses de ter uma entrevista! O mesmo para a formatação! Quando terminar de escrever o documento faça guardar como, escolha a opção PDF e depois abra o ficheiro em PDF e confirma se está tudo bem formatado. Às vezes algumas palavras “fogem” para outro lugar. Seja paciente e corrija. É importante!