Livro vai livro vem apercebi-me de que ainda não falei a sério aqui no blog sobre um dos meus clássicos preferidos: Mulherzinhas. Portanto aqui estou eu hoje, para corrigir a minha falha.
Louisa May Alcott nasceu em Filadélfia a 29 de Novembro de 1832. Queria ser actriz mas acabou por tornar-se escritora, tendo-se notabilizado sobretudo na área da literatura juvenil. O seu romance mais conhecido é exactamente o Mulherzinhas, um livro muito criticado hoje em dia por ser um livro onde o pecado é sempre castigado, onde o sacrifício tem sempre recompensa e onde o máximo que uma mulher pode almejar é o casamento. É preciso, para gostar deste livro, ter em consideração a época em que foi escrito.
Nesta obra conhecemos a história das quatro irmãs Meg, Jo, Beth e Amy e da sua mãe. Quando o pai delas parte para a guerra, numa época em que ainda são os homens o maior (senão o único) sustento de uma família, estas mulheres vêem-se a braços com sérias dificuldades financeiras. Ainda assim conseguem prosseguir sem nunca perder a vontade de viver, a alegria, a esperança e sem nunca desistirem dos seus sonhos.
Esta obra é, para mim, uma obra sobre coragem e resiliência. É também uma obra com um significado muito profundo relativo ao amor: o amor a nós mesmos, à nossa família, aos nossos amigos e a todos os que nos rodeiam. Tem também uma grande lição de amor ao próximo, que muitos acharão exagerada mas que eu particularmente considero linda.
A leitura é fluída e fácil, mesmo considerando a época em que o livro foi escrito e a história, apesar de singela, consegue encantar e prender o leitor do início ao fim. É sobretudo um livro doce, comovente, que nos deixa de coração cheio.
Muito recomendado!!
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“Mulherzinhas”, de Louisa May Alcott. Para ler com olhos do passado e encontrar ideias para o presente.
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