Enxaquecas, uma história com final feliz

Hoje o post foge um pouco muito ao tema do blog, mas eu acredito que pode ser útil para alguém, portanto aqui fica o relato.

Sempre tive muitas dores de cabeça, desde criança. Desde as mais ligeiras, em que apenas se sente um pequeno (e chato) incómodo ao longo do dia até às enxaquecas verdadeiramente mastodônticas, em que um simples abrir de olhos ou mover de pescoço se torna insuportável.

Ao longo dos anos, tentei de tudo. Consultas, comprimidos, remédios naturais. E acabei por me acostumar à ideia de que era mesmo assim e ia ter de me habituar a viver com aquilo.

E assim fiz.

Até que há umas semanas atrás um colega (que é um verdadeiro curioso em tudo quanto é relacionado com a saúde) me disse que as minhas dores de cabeça só podiam ter a ver com o que comia. E explicou: o estômago produz uma determinada quantidade de suco gástrico (o que digere os alimentos) por dia. Mas há alimentos mais difíceis de digerir e que exigem mais suco gástrico que outros. Por isso, quando o bolo alimentício não fica bem digerido isso causa diversos problemas de digestão, mas não só. Ao seguir para o intestino esse bolo começa a apodrecer, libertando toxinas que intoxicam o corpo  e podem causar diversos problemas de saúde como, por exemplo, dores de cabeça.

Sinceramente, eu não liguei. Afinal, como é que uma coisa tão simples como aquilo que comia podia dar origem a uma coisa tão complicada como as minhas enxaquecas?

Até que dois dias depois fui jantar ao MacDonalds. E na manhã seguinte acordei com uma enxaqueca de fazer chorar as pedras da calçada que me fez encharcar em remédios logo ao pequeno almoço e passar o dia em modo zombie.

Então comecei a reparar.

Agora eu sei que ele tinha razão. Sei que um menu do Macdonalds dá sempre, invariavelmente, numa enxaqueca descomunal; sei que não posso comer mais do que uma fatia de pão de trigo por dia ou vou ter de certeza uma dor de cabeça moderada; e sei que a comida congelada dos supermercados é sempre pisar a linha.

Se ainda tenho dores de cabeça? Tenho. Ainda estou a tentar identificar quais são exactamente os limites do meu corpo. Mas são cada vez menos porque agora sei a causa.

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