Já falamos por aqui dos lançamentos literários que me ficam debaixo de olho. Mas hoje resolvi variar um pouco e criar este novo desafio. O lançamento literário (apenas um) que mais se destaca no mês, não propriamente por ser algo que quero desesperadamente ler, mas por ser algo que devido à sua qualidade literária merece, sem dúvida, um destaque especial.
Para o mês de Julho resolvi então destacar o novo As Pálidas Colinas de Nagasáqui de Kazuo Ishiguro.

Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasaki, no Japão, mas aos seis anos emigrou com a família para a Inglaterra, sendo por isso considerado um escritor nipo-britânico. Queria ser músico mas acabou por tornar-se escritor, tendo já publicado diversos romances, contos e artigos. Venceu, em 2017, o Prémio Nobel da Literatura.
Esta obra, As Pálidas Colinas de Nagasáqui, não é realmente um lançamento, mas antes um reedição da obra de estreia do autor, que estava esgotada em Portugal.
Aqui conhecemos a história de Etsuko, uma mulher japonesa que vive sozinha em Inglaterra, chorando o suicídio recente da filha. Refugiando-se no passado, dá consigo a reviver um Verão particularmente quente em Nagasáqui, quando ela e as amigas se esforçavam por reconstruir as vidas após a guerra. Mas, quando recorda a sua estranha amizade com Sachiko – uma mulher abastada reduzida pela guerra à indigência -, as memórias assumem um tom inquietante.
Um livro que promete inquietar os leitores pela sua história e qualidade.
Republicou isto em Viagens por dentro dos dias.
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