Hoje, em mais um post da rubrica Os Livros da Minha Vida, conhecemos a Cristina do Blog Coisas de Feltro. Esperamos que gostem!
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Sou a Cristina. Sou mãe, crafter, criadora da marca Coisas de Feltro, entusiasmada por costura criativa e desde pequena apaixonada por livros. Comecei a coleccioná-los ainda não sabia ler. Lembro-me da minha mãe a ler-me as histórias da Anita e mais tarde a descobrir por mim as próprias palavras impressas. Li banda desenhada não só da Disney mas também revistas antigas, por vezes já folheadas por outras pessoas e que chegavam às minhas mãos para me fazer descobrir um mundo para além dos bonecos queridos do Walt Disney. O Mundo de Aventuras e Selecções fizerem parte dessa leitura da pré-adolescência. Mas também a colecção Os Cinco, Os Sete e muitos outros livros do género ocuparam os meus tempos livres. A acrescentar a isto, os pais eram fervorosos adeptos do Circulo de Leitores e por isso nunca faltava literatura de qualidade para todos os gostos e faixas etárias.
Até chegar aos clássicos de literatura policial. Com Sherlock Holmes, através do seu autor Conan Doyle, descobri uma Inglaterra Vitoriana que passou a fazer parte do meu imaginário. Na continuação, Agatha Christie, entre crítica de costumes e assassinatos variados, fez vir ao de cima a personalidade curiosa e inquieta que eu era.
Muitos anos se passaram, muitos livros li, uns por obrigação (estou a referir-me aos anos na faculdade) outros por curiosidade e ainda a grande maioria por satisfação pessoal. Continuo com um gosto particular pelos livros de mistério e policiais, mas também alarguei o leque de escolhas e mergulhei nos livros de Brian Weiss que me levaram até outro tipo de leituras.
Claro que também leio outros géneros, de vários autores, mas fiz apenas uma breve revisão acerca dos quais li praticamente tudo o que foi publicado em Portugal.
Agora, livros que li e que destaco, pelo que significou no momento (sem qualquer ordem temporal):
Muitas Vidas, Muitos Mestres – Brian Weiss
O autor do livro é um psicoterapeuta norte-americano que encontrou numa paciente, através da hipnose com regressão, o que ele pensa ser a definitiva prova de que existe vida para além da morte. É um livro que fala das suas próprias experiências profissionais e as conclusões a que tem chegado.
Um casal de médicos aceita mudar de vida e transferem-se para um hospital que oferece todas as condições com que sonharam… até que uma série de mortes começa a levantar suspeitas de que algo não está correcto. Robin Cook, para além de médico é escritor, o que faz com que consiga descrever com bastante rigor os cenários de intriga e mistério, facto que o transformou num dos mais populares escritores de romances policiais do momento.
Sobejamente conhecida, esta obra foi entretanto adaptada ao cinema mas eu tive oportunidade de ler o livro muito tempo antes. E fiquei fascinada pela escrita com detalhe, da narrativa onde se cruzam mistério e suspense em cenários históricos, e da atmosfera criada pelo autor.
O Corpo – Richard Ben Sapir
Um mistério preste, ou não, a ser desvendado. Num cenário do médio oriente, um jovem sacerdote busca respostas perante situações que o Vaticano não parece estar interessado em fazer perguntas. De fácil leitura, esta obra de ficção transporta-nos para os meandros políticos e religiosos e leva-nos a reflectir sobre as verdades absolutas que se aceitam sem se questionarem.
O Homem Que Via Passar Os Comboios – Georges Simenon
Um holandês de meia idade decide trocar os dias rotineiros pela incerteza do amanhã. Uma narrativa onde o autor explora os sentimentos e a degradação moral do protagonista que se vai reflectindo nas decisões que toma em cada hora que passa.
2455 Cela Da Morte – Caryl Chessmann
Condenado e aguardando o final, descreve os pormenores ao seu redor numa sequência que de alguma forma leva o leitor a percorrer também os corredores de uma existência precária e com prazo limite à vista.
Os Filhos Da Droga – Christiane F.
Narrativa arrepiante sobre a vida decadente dos toxicodependentes numa Berlim onde ainda não se sonhava com a queda do muro. Um livro que deixa uma sensação estranha pela sua dureza e veracidade.
Aproveito para deixar aqui o link do meu blog onde comecei por colocar os meus trabalhos mas que rapidamente passou a ser um reflexo do muito que me rodeia.
https://coisasdefeltros.blogspot.com/
Obrigada e boas leituras
Obrigada Anabela, pela oportunidade. Beijinhos e boas leituras
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Nós é que agradecemos a partilha 😉 beijinhos
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Dois desses livros que mencionas são relatos reais: “Os Filhos da Droga” e “2455 Cela Da Morte”.
Boas escolhas, o único que não li foi O Corpo de Richard Ben Sapir, mas confesso que não sou um grande apreciador de policiais.
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