Destroços – Emily Bleeker

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Nota: Este post pode conter spoilers.

Esta é a história de Lillian Linder e Dave. Quando o avião em que seguiam cai no pacifico dão por si náufragos numa ilha deserta, onde acabam por passar dois anos da sua vida. Sozinhos, sem qualquer tipo de comodidade, longe das suas famílias e sem saber se algum dia irão ser resgatados.

Até que um dia acabam mesmo por ser resgatados e se tornam celebridades. Afinal, são os sobreviventes de um desastre aéreo que há muito todos julgavam mortos.

Mas quando chega a hora de contar a sua história aos outros, será que eles vão contar a verdade? Ou a verdade é demasiado perigosa?

Agora, a opinião.

Quando eu comecei a ler este livro pensei que ia ler um livro sobre sobrevivência. Algo no estilo de Robinson Crusoé, com algum tipo de ensinamento por trás.

Mas não. Nada disso.

Primeiro, Lillian, que começa a namoriscar com Dave ainda antes do desastre acontecer e depois parece ser a mulher mais certinha de todas durante metade do livro. Depois a sogra de Lillian que a acompanha na viagem. Quando o avião cai ela é retirada dele ainda com vida. Depois, morre no bote de salvamento. Ah, mas afinal está viva. Não, agora é que morreu de vez. Oi? Afinal, em que ficamos? Isto não é um livro do George R. R. Martin?!!

E depois, os três náufragos na ilha deserta, que não podiam ser mais clichés do que são.

Kent é um homem violento, que gosta de beber (beber? ilha deserta? piloto de aviões? pois!), que sabe tudo e mais alguma coisa de sobrevivência mas não passa de um machista. Um daqueles homens que não se recomenda a ninguém. Obviamente que não tem bom fim.

Depois Dave, que é exactamente o oposto de Kent. Homem certo e recto, puro e correcto e cujo maior sonho é ser pai. Obviamente.

E, por fim, Lillian, que passa a maior parte do seu tempo na ilha doente ou a lavar a roupa em vez de lutar pela sobrevivência. Frágil e que precisa dos homens para sobreviver na ilha e, muito provavelmente, também na própria sociedade.

E depois, Paul. Por momentos eu pensei que Paul era algum outro náufrago escondido até então, que vinha dar uma real reviravolta ao livro e torná-lo interessante. Bem, não é. Em Paul a autora optou pelo caminho mais fácil, foi uma personagem que entrou, saiu e mal chegou a fazer parte da história.

Em resumo, é uma história fraca, com personagens fracas. Dá para passar o tempo, mas não acrescenta em nada.  Tudo é superficial, incluindo as personagens, que parecem apenas um grupo de gente rica que depois de um acidente de avião está muito preocupada com as entrevistas. Até o dono da ilha, obviamente, é um bilionário que passa dois anos sem sequer se lembrar que tem uma ilha.

Recomendado? Não.

Livro na Wook

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