1.
Abre sempre de mansinho,
As minhas cartas, amor…
No roxo do rosmaninho
Vai oculta a minha dor.
2.
As saudades que eu te envio
nas cartas que vou mandando,
são como as águas do rio,
já nascem tristes, chorando.
3.
As saudades que eu te envio
nas minhas cartas, meu Bem,
nascem sempre ao desafio –
mal uma vai, outra vem!
4.
Não me mandes mais saudades
nas cartas que me escreveres…
Já tenho tantas saudades!…
– Guarda as tuas, se puderes…
Judith Teixeira