Mataram a Cotovia
Harper Lee

Situado em Maycomb, uma pequena cidade imaginária do Alabama, durante a Grande Depressão, o romance de Harper Lee, vencedor do Prémio Pulitzer, em 1961, fala-nos do crescimento de uma rapariga numa sociedade racista.
Scout, a protagonista rebelde e irónica, é criada com o irmão, Jem, pelo seu pai viúvo, Atticus Finch. Ele é um advogado que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando- -os a refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito. Atticus vive de acordo com as suas convicções. É então que uma acusação de violação de uma jovem branca é lançada contra Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade. Atticus concorda em defendê-lo, oferecendo uma interpretação plausível das provas e preparando-se para resistir à intimidação dos que desejam resolver o caso através do linchamento. Quando a histeria aumenta, Tom é condenado e Bob Ewell, o acusador, tenta punir o advogado de um modo brutal. Entretanto, os seus dois filhos e um amigo encenam em miniatura o seu próprio drama de medos, centrado em Boo Radley, uma lenda local que vive em reclusão numa casa vizinha.
O Som e a Fúria
William Faulkner

O Som e a Fúria é a tragédia da família Compson, apresentando algumas das personagens mais memoráveis da literatura: a bela e rebelde Caddy, Benjy, o filho varão, o assombrado e neurótico Quentin; Jason, o cínico brutal, e Dilsey, o criado negro. Com as suas vidas fragmentadas e atormentadas pela história e pela herança, as suas vozes e ações enredam-se para criar o que é, sem dúvida, a obra-prima de Faulkner e um dos maiores romances do século XX. William Faulkner afirmou muitas vezes que O Som e a Fúria era o romance mais próximo do seu coração porque era o que lhe tinha causado mais sofrimento e angústia a escrever. Neste magnífico romance, publicado pela primeira vez em 1929, Faulkner criou a «menina dos seus olhos», a bela e trágica Caddy Compson, cuja história nos conta através dos monólogos separados dos seus três irmãos: Benjy, o idiota; Quentin, o suicida neurótico; e o monstruoso Jason. O Som e a Fúria é o seu quarto romance e a primeira das suas obrasprimas indiscutíveis, aquela que, mais do que qualquer outra, confirmou Faulkner como figura central da literatura do século.
Ratos e Homens
John Steinbeck

George e Lennie vagueiam de herdade em herdade na Califórnia da Grande Depressão, numa sobrevivência sustentada por trabalhos episódicos. Mas os dois amigos têm um plano: vão juntar o suficiente para comprar um bocado de terra com uma casinha e aí poderão viver tranquilamente e dedicar-se à criação de coelhos. George é pequeno e vivo, e é ele quem toma as decisões; Lennie é um gigante simpático, mas tem dificuldade em lembrar-se das coisas e em medir a sua força excecional. Quando arranjam trabalho a carregar cevada numa herdade junto ao rio Salinas, George e Lennie veem o seu sonho aproximar-se a passos largos da concretização – até que a mulher do patrão entra em cena. Considerado um dos mais importantes romances de John Steinbeck, publicado originalmente em 1937 e várias vezes adaptado ao teatro e ao cinema, Ratos e Homens é uma história sobre amizade, sobre dignidade e sacrifício, mas também uma parábola implacável sobre o ruir do sonho americano.
Os Diários de Adão e Eva
Mark Twain

Do Diário de Adão Segunda-feira Esta nova criatura de cabelos compridos é um grande empecilho. Anda sempre à minha volta e segue-me por todo o lado. Não me agrada nada; não estou habituado a ter companhia. Preferia que ficasse com os outros animais. Quinta-feira Ela disse-me que foi feita de uma costela tirada do meu corpo. No mínimo, é duvidoso. Não dei por falta de nenhuma costela… Do Diário de Eva Segunda-feira Ele fala muito pouco. Talvez seja por ser pouco inteligente e saiba disso, e procure escondê-lo. É uma pena ele pensar assim, porque a inteligência não vale nada; é no coração que está o valor. Única tradução no mercado! Ilustrações inéditas de Pedro Lourenço!
O Grande Gatsby
F. Scott Fitzgerald

Quem, melhor do que Jorge Luis Borges, para nos apresentar O Grande Gatsby. Escreveu ele na sua Introducción a la literatura norteamericana: «O Grande Gatsby, 1925, a história de um homem que tenta em vão recuperar um amor de juventude, no qual transparece a nostalgia do velho Sonho americano de um novo mundo. Mais do que qualquer outro escritor da sua geração, Scott Fitzgerald retrata os anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial.» Um escritor contemporâneo, Jay McInerney, não poupou nos elogios: «É mais do que um clássico americano; tornou-se um documento definidor da psique nacional, um mito da criação, a Pedra de Roseta do sonho americano que a prosa de Fitzgerald eleva ao nível do mito.»
Pela Estrada Fora
Jack Kerouac

«Para as adolescentes, ele foi o poeta louco, o primeiro amor que nunca esqueceram, com a sua conversa sobre boleias em comboios de carga e carros, estrada fora. Kerouac criou um herói de estilo moderno em Pela Estrada Fora; inventou a Geração Beat, originou um estilo de viver e um estilo de escrever.» The Guardian
Beloved
Toni Morrison

Inspirado num facto verídico ocorrido no Kentucky em 1856, Beloved retrata o horror e a insanidade de um passado doloroso, numa época em que o país começava a confrontar -se com as feridas deixadas pela escravatura recém-abolida. Neste romance, Sethe, ex-escrava, mata a sua própria filha, ainda bebé, para que esta escape ao destino indigno e atroz da servidão. Consegue fugir para Cincinatti, Ohio, onde cheia de esperança pensa poder viver uma nova vida. Mas, dezoito anos mais tarde, coisas horríveis começam a acontecer: Sethe ainda não é uma pessoa livre, a sua casa não só é assombrada pelas memórias torturantes do passado, como também pelo fantasma da bebé que morreu sem ter um nome e em cuja sepultura está gravada uma única palavra: Beloved. Considerado pelo New York Times um dos romances mais importantes do século XX e vencedor do Prémio Pulitzer, Beloved é o mais famoso livro de Toni Morrison, distinguida com o Prémio Nobel da Literatura. Um retrato realista e pungente da condição cruel e infame dos negros americanos durante o século XIX, narrado com virtuosismo e arte.
O Escritor Fantasma
Philip Roth

Primeiro volume da «trilogia e epílogo» Zuckerman Bound, O Escritor Fantasma é um romance sobre as tensões entre a literatura e a vida, a autenticidade artística e a respeitabilidade convencional – e sobre os profissionais que vivem com as consequências de sacrificar uma à outra. O Escritor Fantasma marca o aparecimento de Nathan Zuckerman na década de 1950: um romancista promissor, fascinado pelos Grandes Livros, que descobre os apelos contraditórios da literatura e da experiência durante uma noite que passa na recôndita casa de campo do seu ídolo literário, E. I. Lonoff. Aí conhece Amy Bellette, uma jovem fascinante, de origem estrangeira indefinida, que descobre ter sido aluna de Lonoff e talvez tenha sido também sua amante. Zuckerman, com a sua imaginação jovem e irrequieta, pergunta a si mesmo se aquela rapariga não será a vítima paradigmática da perseguição nazi. Se fosse, talvez pudesse transformar-lhe a vida…
À Espera no Centeio
J. D. Salinger

À Espera no Centeio é a história de um jovem nova-iorquino, expulso da escola três dias antes das férias de Natal e que não tem coragem de regressar a casa e enfrentar os pais. Por isso passa esses dias deambulando pela cidade, fazendo descobertas decisivas, vivendo contradições, alegrias e temores.
O Velho e o Mar
Ernest Hemingway

Santiago, um velho pescador cubano, está há quase três meses sem conseguir pescar um único peixe, quando o seu isco é finalmente mordido por um enorme espadarte. O peixe imponente resiste, arrasta a sua canoa cada vez mais para o alto mar, na corrente do Golfo, e obriga a uma luta agonizante de três dias que o velho Santiago acabará por vencer, para logo se ver derrotado. Com uma linguagem de grande simplicidade e força, Hemingway retrata nesta aventura poética a coragem humana perante as dificuldades e o triunfo alcançado apesar da perda. Comovente romance, obra-prima de maturidade de Hemingway, O Velho e o Mar recebeu o Prémio Pulitzer em 1953 e desempenhou um papel essencial na obtenção pelo seu autor, um ano mais tarde, do Prémio Nobel da Literatura.
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