A Campânula de Vidro
Sylvia Plath

«The Bell Jar veio pela primeira vez a público em Inglaterra, no dia 14 de janeiro de 1963, editado pela Heinemann, com autoria atribuída a Victoria Lucas. O motivo que terá levado Sylvia Plath a recorrer a um pseudónimo prende-se com a óbvia coincidência existente entre personagens, eventos e lugares ali descritos, e a realidade biográfica da autora. Essa confusão entre realidade e ficção tem servido, ao longo dos anos, a uma vasta panóplia de equívocos que mais não fizeram do que dissimular o lugar da sua obra poética e narrativa na literatura anglo-americana contemporânea.» Do Posfácio
Um Crime da Solidão
Andrew Solomon

Andrew Solomon, conhecido dos leitores portugueses através dos livros O Demónio da Depressão e Longe da Árvore, reúne neste volume uma série de textos sobre o suicídio, analisado sempre a partir de uma história pessoal ou de um caso concreto: quer do círculo mais íntimo do autor, como, por exemplo, o inesperado suicídio do exuberante amigo Terry, ou o suicídio assistido da mãe; quer de figuras públicas, como os de Anthony Bourdain ou Robin Williams, ou até os de celebridades literárias, como David Foster Wallace ou Sylvia Plath. Um Crime da Solidão reflete sobre o suicídio, as suas causas e circunstâncias (solidão, depressão), o efeito de imitação, os aspetos facilitadores (como o fácil acesso a armas) e a incompreensível incidência em pessoas aparentemente realizadas e bem-sucedidas. São nove magníficos textos, na prosa sempre inteligente e cativante de Andrew Solomon.
Guia para Um Final Feliz
Matthew Quick

Pat Peoples está de regresso ao mundo da normalidade da vida familiar em casa de seus pais após ter permanecido numa instituição psiquiátrica devido a um traumatismo grave. Da memória deste fervoroso adepto dos Eagles de Philadelphia desapareceu uma participação do clube no Super Bowl e a demolição do antigo estádio. Ninguém, lá em casa, lhe fala de Nikki, a sua mulher, e até o seu novo terapeuta parece incitá-lo ao adultério. Tudo assume um aspeto cada vez mais estranho. Como a pouco e pouco se vai revelando, anos da sua vida tinham-se pura e simplesmente apagado. Apesar disso, Pat não se deixa desviar daquela que acredita ser a missão de autoaperfeiçoamento. Guia para Um Final Feliz é uma narrativa vibrante e intensa que nos oferece uma visão refrescante sobre sentimentos de perda, depressão e amor. É também um magnífico romance de estreia que foi adaptado ao cinema e que chega a Portugal a 10 de Janeiro 2013, na mesma data em que estreia o filme.
Veronika Decide Morrer
Paulo Coelho

Veronika é uma jovem comum, com um emprego razoável, que vive num pequeno apartamento, desfrutando do prazer de ter o seu próprio espaço. Vai a bares e discotecas, conhece rapazes interessantes e sai com alguns deles. Contudo, Veronika não é feliz. Falta algo na sua vida. Por isso, na manhã de 11 de Novembro de 1997, Veronika decide morrer. Imaginação e sonho. Amor e loucura. Desejo e morte. À medida que se aproxima da morte, Veronika percebe que cada minuto da nossa existência constitui uma escolha entre viver ou desistir.
A Biblioteca da Meia-Noite
Matt Haig

No limiar entre a vida e a morte, depois de uma vida cheia de desgostos e carregada de remorsos, Nora Seed dá por si numa biblioteca onde o relógio marca sempre a meia-noite e as estantes estão repletas de livros que se estendem até perder de vista. Cada um desses livros oferece-lhe a hipótese de experimentar uma outra vida, de fazer novas escolhas, de corrigir erros, de perceber o que teria acontecido se tivesse escolhido um caminho diferente. As possibilidades são infinitas e vários horizontes se abrem à sua frente. Mas será que algum desses caminhos lhe proporciona uma vida mais perfeita do que aquela que conheceu? Na altura da escolha final, Nora terá de olhar para dentro de si mesma e decidir o que de facto lhe preenche a vida e o que faz com que valha a pena vivê-la. A Biblioteca da Meia-Noite transformou-se num bestseller a nível internacional, com um milhão de livros vendidos em todo o mundo.
A Paixão do Jovem Werther
Johann Wolfgang Goethe

Romance epistolar com raízes autobiográficas, A Paixão do Jovem Werther foi publicado pela primeira vez em 1774. Nas cartas dirigidas ao seu amigo Wilhelm, Werther, um jovem artista extremamente sensível e delicado, descreve a sua vida em Wahlheim, uma pequena aldeia para onde se mudou. Ali Werther conhece Charlotte, uma jovem de incrível beleza que, para grande infortúnio do rapaz, está noiva de Albert, um homem onze anos mais velho. Porém o jovem artista vê-se incapaz de controlar as suas emoções e apaixona-se loucamente por Lotte, dando azo a um dos mais famosos triângulos amorosos da história da literatura ocidental. Quando a impossibilidade de ter para si a sua amada se torna dolorosamente insuportável, Werther percebe que existe apenas uma solução, uma solução que fará cair o manto negro da tragédia sobre a pequena aldeia de Wahlheim.
O Mal Obscuro
Giuseppe Berto

Simultaneamente um romance e a história de um tratamento psicanalítico, ‘O mal obscuro’ é um livro de intensidade fora do comum. Publicado em 1964, conquistou de saída dois dos mais importantes prêmios literários italianos, colocando o nome de seu autor ao lado dos escritores maiores do século XX, como Italo Svevo (a quem este livro se refere com freqüência) e Carlo Emilio Gadda, que assina o posfácio desta edição.
Norwegian Wood
Haruki Murakami

Um avião prepara-se para aterrar no aeroporto de Frankfurt. Aos ouvidos de Toru Watanabe chegam os acordes de «Norwegian Wood», a famosa canção dos Beatles. O mítico tema dos Beatles tem o condão de transportar este executivo de 38 anos aos tempos da juventude, vividos na turbulenta Tóquio em finais dos anos sessenta.
Saído da casa dos pais com dezoito anos e deixando para trás a pacatez de província e o velho Toyota Corolla da família, Toru chega à capital japonesa a fim de estudar teatro na universidade instalando-se uma residência estudantil só para rapazes. Filho único e solitário por natureza, passa o tempo a ler O Grande Gatsby e a estudar atentamente os colegas e as pessoas que o rodeiam. Um belo dia, o narrador reencontra um rosto de passado: Naoko, antiga namorada do seu grande amigo de adolescência, Kizuki, antes de este cometer suicídio na flor da idade, depois de vencer um jogo de snooker. Marcados por essa tragédia em comum, os dois começam a dar longos passeios e constroem uma relação delicada na qual a fragilidade psicológica de Naoko se torna cada vez mais evidente culminando com o seu internamento na casa de repouso, onde conhecem Reiko, uma mulher madura com rugas a condizer e um passado trágico. Por esses dias, Watanabe trava ainda conhecimento com Midori: estudante de teatro como ele, símbolo da mulher moderna, lutadora… e dona de uma livraria à moda antiga. Isto sem esquecer a figura impagável de Facho, colega de quarto que faz ginástica matinal ao som do hino e se masturba a olhar para a Ponte de São Francisco. Qual das figuras femininas conquistará o coração do protagonista, que continua a bater desalmadamente? Com mais de quatro milhões de cópias vendidas no Japão e a caminho das setenta edições no país de origem do escritor, Norwegian Wood tem sido comparado ao romance À Espera no Centeio, de J.D. Salinger.
As Virgens Suicidas
Jeffrey Eugenides

Adaptado ao cinema por Sofia Coppola, com Kirsten Dunst num dos principais papéis, esta é a história assombrosa e terna das breves vidas das cinco irmãs Lisbon – belas, excêntricas e obsessivamente vigiadas por todo o bairro -, que se suicidam uma a uma no espaço de um ano. Este suicídio marca para sempre os jovens rapazes da vizinhança, que viveram e sofreram com elas… à distância. Vinte anos mais tarde, tentam reconstituir os acontecimentos, reféns ainda da fascinação e da obsessão provocadas pelas misteriosas irmãs: Therese, a intelectual; Mary, a coquete; Bonnie, a asceta; Lux, a libertina; e a pálida e mística Cecilia. Justapondo o comum e o gótico, o humor negro e a tragédia, Jeffrey Eugenides cria um vívido e comovente retrato das emoções da juventude e da perda da inocência. Aclamado de imediato pela crítica e pelo público, As Virgens Suicidas é uma terna e perversa história de amor e terror, sexo e suicídio, memória e imaginação.
As Horas
Michael Cunningham

“O livro vencedor do Pulitzer não é uma reescrita, é um mergulho no abismo de Virginia Woolf, que traz à tona o que faz dele uma obra: o abismo singular do seu autor, com o seu próprio poeta demente (Richard, que podemos fazer equivaler a Septimus, mas também a Virginia), os seus beijos inesquecíveis (o de Clarissa e Richard, junto a uma lagoa, ao crepúsculo, e, sobretudo, o de Laura e Kitty, ajoelhadas no chão de uma cozinha na Los Angeles do pós-guerra), a sua cidade (da West e da Greenwich Villages, com os seus quiosques de flores, os seus garotos de patins, a sua experiência da sida, a sua sexualidade difusa, as suas horas monótonas, o seu brilho incandescente, as suas horas de desistir e as suas horas de ressuscitar), a Manhattan em que em vez do primeiro-ministro ou da Rainha as estrelas que suscitam burburinho quando saem à rua são Meryl Streep, Vanessa Redgrave ou Susan Sarandon, e em que a filha de Clarissa já não passeará etérea no vestido justo mas usará ténis como tijolos, um piercing e cabelo rapado”
Alexandra Lucas Coelho, Jornal Público
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