Seis livros para conhecer melhor Évora

Évora – Anos 30 e 40
A. M. Galopim de Carvalho

Livro Físico

Évora – anos 30 e 40 é o título de uma série de crónicas da vida que aqui se viveu nestas duas décadas do século passado. Reúne numa única obra os muitos textos que dei à estampa, em livros e revistas, e outros que escrevi nas redes sociais. Estruturados numa única obra, constituem tentativa de ensaio de pendor essencialmente etnográfico e sociológico, visando, sobretudo, a parte da cidade que conheci e uma parcela significativa da comunidade urbana, nesses anos da primeira metade do século XX. Escritas com base na memória, o significado histórico destas crónicas está limitado ao que foi o meu espaço geográfico e ao meu mundo familiar, de amigos e conhecidos, e é subjectivo, na medida em que depende da avaliação pessoal que fiz e assimilei. A componente ficcional diluída nalgumas destas prosas, por meras razões de uma certa intencionalidade poética, não adultera a realidade física e social da cidade de então.

Évora
Cidade esotérica e misteriosa
Joaquim Palminha Silva

Livro Físico

“A actual investigação sobre o passado de Évora perde-se em descrições de estilos e narrativas factuais, mais ou menos fastidiosas, e passa ao lado dos aspectos relativos ao sagrado, a uma espiritualidade profunda, tradicional, a um saber de que quase perdemos a memória. Olha com displicente indiferença as inúmeras mensagens que, de forma mais ou menos esotérica, nos querem comunicar algo mais que as suas artes decorativas, que nos querem comunicar uma outra história da Cidade, mais profunda. Mas como podemos nós chegar até estes sinais e estas mensagens, arredados da visão de tanto investigador, apesar de uns e outras terem estado sempre lá, nos lugares onde foram inscritos? – Ultrapassando os nevoeiros! Nevoeiros contemporâneos que recobrem, e tentam depois pulverizar o que porventura ainda se mantém da essencial percepção iluminante das relações subtis do homem com a Cidade. A Cidade hipnotiza com uma velada força magnética, espiritual, praticamente indecifrável, paralela à Cidade física, à Cidade dos monumentos e da história turística que se institucionalizou.”

Aparição
Vergílio Ferreira

Livro Físico

Reedição de um dos livros mais emblemáticos da obra vergiliana. Alberto Soares, a personagem central, rememora o ano em que deu aulas em Évora. E as pessoas que conheceu e que, de alguma maneira, contribuíram para a consolidação das suas teorias sobre a existência: Sofia, como quem manteve uma relação erótica tumultuosa, e as suas irmãs, Ana e Cristina. Carolino que, por ciúmes, tenta matar Alberto, mas acaba matando Sofia. Cristina, a irmã-criança de Sofia, também morre.

Viagem a Portugal
José Saramago

Livro Físico

Entre outubro de 1979 e julho de 1980, José Saramago percorreu o país lés a lés a convite do Círculo de Leitores, que comemorava o décimo aniversário da sua implantação em Portugal. Disse o autor após essa deambulação, misto de crónica, narrativa e recordações, que «o fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite… É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos». Este é um livro decisivo para José Saramago, na medida em que se constituiu como um marco que ofereceu ao autor condições materiais para se dedicar à escrita a tempo inteiro. Esta edição especial de Viagem a Portugal inclui todas as fotografias que Saramago fez ao longo da sua viagem — quase todas inéditas —, a par de fotografias de Duarte Belo, e a sua publicação coincide com o início das comemorações do Centenário de José Saramago.

Portugal
Miguel Torga

Livro Físico

Uma das paixões de Miguel Torga é conhecer Portugal. Desde os tempos de Leiria, percorre o país de lés a lés, registando as paisagens, os monumentos, os modos de falar, os sabores do pão e do vinho, a feição das gentes. Em finais dos anos 40 viaja de automóvel com um amigo igualmente entusiasta, Fernando Valle Teixeira, cuja família tem casa na Quinta da Raposeira, em Lamego. As férias em Trás-os-Montes, a caça, as idas anuais às termas do Gerês são também meios de conhecer palmo a palmo, com uma erudição adquirida pelos pés, os socalcos do Douro, a povoação mais remota, a capelinha românica abandonada, o castro em ruínas, as fragas mais altas da Calcedónia. Em 1950 publica o livro Portugal, uma invenção de Portugal (na fórmula feliz de um crítico francês) que é a expressão dessa aprendizagem, dessa decifração e dessa compreensão da pátria. (Clara Rocha, Miguel Torga. Fotobiografia)

O Preço da Borrega
A. M. Galopim de Carvalho

Livro Físico

No estilo que a ficção consente, o autor procura registar, neste livro, experiências vividas e factos passados no mundo rural, de que se falava em Évora, nos anos 40 e 50 do século que findou, era ele um adolescente a viver e a estudar na cidade, mas com um razoável conhecimento da vida do campo. Nesta obra transparece a preocupação do autor em descrever ambientes, ofícios, objectos, costumes e pessoas, com o cuidado e o rigor próprios da ciência etnográfica, numa prosa caldeada com pinceladas de intencionalidade artística, ou poética, na exacta medida da sua sensibilidade.

[Sinopses de wook.pt]

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