
“- Um desejo não se esquece, sobretudo quando é visceral.”
“Com Philippe Tousaint, apesar das famílias de acolhimento e as minhas unhas roídas, eu via o sol nas fachadas, raramente as sombras. Com ele, compreendi o que era a desilusão. Que não bastava ter prazer com um homem para o amar. A imagem do belo rapaz sobre papel lustroso esbatera-se. A sua indolência, a sua falta de coragem em relação aos pais, a sua violência latente e o cheiro de outras raparigas na ponta dos dedos tinham-me roubado qualquer coisa”
Violette Toussaint têm os vizinhos mais sossegados e perfeitos de todos. É guarda de cemitério. Aos poucos ao longo desta obra vamos conhecendo o seu dia a dia a cuidar da paz dos mortos e, simultâneamente, o seu passado que é mais dorido do que esperávamos. Sem pai e abandonada pela mãe, abandonada pelo marido que desapareceu misteriosamente anos atrás e afastada tragicamente da filha, Violette é uma mulher simples e forte, que navega pela vida de uma maneira quase mistica.
Ao falar da morte, este é um livro que nos fala da vida. Da vida, da perda, do amor e dos laços que vamos criando e destruindo ao longo do caminho. É um livro lindíssimo, cheio de pequenas coisas maravilhosas, com poesia nas palavras e muita, muita dor escondida ao longo do percurso. É uma obra magnificamente escrita, que surpreende, agarra e apaixona e que nos deixa de coração cheio e esperança renovada na vida.
A breve vida das flores é um daqueles livros mágicos, que tem a capacidade de nos abrir o coração e os olhos e de nos renovar a esperança no mundo. Uma daquelas leituras que nos marca e nos muda, que nos preenche e nos fica na memória.
Muito recomendado. Livro preferido. 5*
Provavelmente um dos melhores do ano.
Gostava de um dia , poder ter este livro para ler mas ainda não encontrei ou a onde encontrei é Muito caro . Mas um dia hei de o ler .
Obrigada pelo resumo de como o livro é . Gostei !!!!!!!
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