Quando as Mulheres Eram Dragões
Kelly Barnhill

Alex Green é uma jovem num mundo muito parecido com o nosso. Mas esta versão da América dos anos 1950 é caracterizada por um evento significativo: The Mass Dragoning de 1955, quando mais de 300 000 mulheres se transformaram em dragões e desapareceram para sempre. Foi escolha delas? O que as motivou? Numa prosa magistral e envolvente, Kelly Barnhill expõe um mundo que quer manter as mulheres pequenas – as suas vidas e perspetivas – e examina o que acontece quando elas se erguem e ocupam um espaço maior.
Aspectos do Legado Pessoano
Fernando J. B. Martinho

Fernando J.B. Martinho: o enorme contributo que faltava na colecção de ensaios sobre Fernando Pessoa. A partir do olhar atentíssimo e panorâmico de Fernando J.B. Martinho sobre a poesia portuguesa do século XX, e sempre em relação com Fernando Pessoa, este volume de ensaios reúne textos dispersos sobre surrealistas, neorrealistas, críticos como Adolfo Casais Monteiro e Eduardo Lourenço ou poetas leitores do poeta — Sophia, Cesariny, O’Neill, Belo, entre outros.
As Bruxas de Pendle
Stacey Halls

Fleetwood está grávida pela quarta vez. Nenhuma das gestações anteriores teve sucesso, e o seu marido Richard está ansioso por um herdeiro. Quando a jovem encontra uma carta escondida do seu médico, descobre que desta vez ela própria poderá não sobreviver. Quando conhece Alice Gray, esta promete ajudar Fleetwood a dar à luz um bebé saudável. Contudo, Alice é acusada de bruxaria, e Fleetwood terá de arriscar tudo para provar a inocência da amiga. O julgamento aproxima-se, tal como o momento de a jovem dar à luz, e todas as vidas estão em risco. Rico em detalhes, extraordinariamente bem construído e baseado nos julgamentos de Pendle Hill, este romance explora os direitos das mulheres no século xvii e levanta a questão: terá sido uma caça às bruxas ou uma caça às mulheres?
Frida e as cores da vida
Caroline Bernard

México, 1925: Frida quer ser médica, mas um terrível acidente põe fim ao seu sonho. Anos mais tarde, apaixona-se pelo sedutor e grande pintor Diego Rivera e, ao lado dele, mergulha de vez no ambicionado mundo das artes. Sempre assombrada por problemas de saúde e percebendo que a sua felicidade pode ter os dias contados, Frida entrega-se à vida com paixão e descobre como trilhar o seu próprio caminho. Com roupas de cores vibrantes e postura de divindade asteca, a artista cria uma aura muito particular e torna-se uma das pintoras mais veneradas dos nossos tempos. Frida e as cores da vida é um romance contundente sobre feminilidade, história, arte e liberdade a partir da trajetória de Frida Kahlo.
Vox
Christina Dalcher

Estados Unidos da América. Um país orgulhoso de ser a pátria da liberdade e que faz disso bandeira. É por isso que tantas mulheres, como a Dra. Jean McClellan, nunca acreditaram que essas liberdades lhes pudessem ser retiradas. Nem as palavras dos políticos nem os avisos dos críticos as preparavam para isso. Pensavam: «Não. Isso aqui não pode acontecer.» Mas aconteceu. Os americanos foram às urnas e escolheram um demagogo. Um homem que, à frente do governo, decretou que as mulheres não podem dizer mais do que 100 palavras por dia. Até as crianças. Até a filha de Jean, Sonia. Cada palavra a mais é recompensada com um choque elétrico, cortesia de uma pulseira obrigatória. E isto é apenas o início.
Queimar Livros
Richard Ovenden

Durante três mil anos, destruir o saber foi um objetivo comum e deliberado de várias pessoas, regimes e grupos. Esta é a extraordinária história de sobrevivência da verdade – a que os livros registam, as bibliotecas preservam e nós temos hoje, mais do que nunca, de salvar. As bibliotecas e os arquivos sofreram muitos ataques, desde a antiguidade, mas a era moderna tem sido ainda mais perniciosa para a sua sobrevivência. Hoje, o saber que guardam é alvo de tentativas de destruição brutais e de negligência intencional. Sem apoio estruturado ou investimento, lutam pela sobrevivência dia a dia. Queimar Livros conta-nos o que em três mil anos passámos e vivemos para chegar aqui. Da antiga Alexandria à contemporânea Sarajevo, passando pelo Iraque, Richard Ovenden vai aos quatro cantos do mundo e relata vividamente momentos determinantes da nossa História. Analisando as motivações por detrás dos atos, deliberados ou involuntários, de destruição do saber – políticos, culturais e religiosos -, bem como as consequências e ligações a todas as áreas da nossa vida, o autor relata também os episódios vividos por quem tentou prevenir e minimizar os efeitos destes ataques aos livros (e não só), pondo muitas vezes a própria vida em risco. Na era do imediatismo, em que todos têm opinião sobre tudo, a memória se esboroa e reina a desinformação, este livro é mais importante do que nunca. Lê-lo pode ser o primeiro passo para impedir que três mil anos de História desemboquem, no século XXI, na maior e mais terrível destruição do saber.
A Besta
Carmen Mola

Madrid, 1834. A cidade é assolada por uma terrível epidemia de cólera. Mas a peste não é a única coisa que aterroriza os seus habitantes: nos bairros mais pobres e esquecidos da cidade, aparecem cadáveres de meninas desmembradas que ninguém reclama. Tudo aponta para a Besta, um ser que nunca ninguém viu, mas que todos temem. Quando a pequena Clara desaparece, a sua irmã Lucía, juntamente com Donoso, um polícia zarolho, e Diego, um jornalista hábil e fura-vidas, iniciam uma busca frenética para a encontrar. Pelo caminho conhecem frei Braulio, um monge guerrilheiro, e deparam-se com um misterioso anel de ouro com duas maças cruzadas que todos cobiçam, e pelo qual muitos estão dispostos a matar.
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