“Prever o futuro era impossível com aquelas cartas, até a minha mãe desistira de o fazer: a biblioteca sofrera uma inundação anos antes e ninguém lhe salvara os livros, fazendo com que o bolor florescesce em cima de Fahrenheit 541, e a luz de Lolita, o fogo da carne, se extínguisse debaixo de água.”

Claudia Durastanti nasceu a 8 de junho de 1984 em Nova Iorque e é escritora e tradutora.
Em Sempre Estrangeira conhecemos uma protagonista narradora filha de pai e mãe surdos, que aos poucos se tornam uma família bastante disfuncional. Conhecemos a história de cada um dos seus familiares e alguns amigos, vemos a sua infância, a sua adolescência e um pouco da sua vida adulta.
Foi um daqueles livros que escolhi sem nunca ter ouvido falar dele. Gostei, embora seja um romance estranho, diferente, que se parece mais a uma chuva de memórias, a uma vida mapeada, do que a um romance propriamente dito.
É um livro que se lê bem, sobre uma vida que poderia ser a de qualquer pessoa. Na verdade, é um texto cheio de quotidiano, de normalidade, embora a vida desta personagem seja bastante diferente. Não posso dizer que me tenha marcado ou comovido particularmente, mas é uma obra interessante, sobre um ponto de vista interessante. É sem dúvida algo que não esperava ler. E escrito de uma forma quase poética.
Recomendado. 3*