Naufrágio
João Tordo

O novo romance de João Tordo conta-nos a história de um homem à deriva, enredado nos seus fantasmas e obrigado a enfrentar a mais terrível das acusações. Aos sessenta anos, o romancista Jaime Toledo enfrenta vários problemas. Não escreve há uma década, foi diagnosticado com cancro e, de repente, dá por si no epicentro de um escândalo. Escritor de renome em Portugal, a polémica lança-o para o abismo – sem carreira, sem dinheiro e sem casa, com os livros a ganhar pó nos armazéns, depois de banidos pela sua editora, toma uma decisão radical: deixar tudo para trás e mudar-se para um barco decrépito, fundeado nas docas de Lisboa. É no Narcisse – um minúsculo «barco mágico» -, na companhia de uma velha guitarra e de um cão chamado Sozinho, que Jaime procurará devolver o sentido à sua vida, reconciliando-se com o passado: as relações conturbadas com as mulheres, o abandono da escrita, a culpa que o corrói. Até que, um dia, a aparição de uma figura do passado mudará tudo, desviando a narrativa para um lugar inesperado. Estará nas mãos de Jaime decidir se este naufrágio é o fim ou um caminho para algo novo. Naufrágio é um corajoso romance sobre o amor e as relações entre os sexos, uma reflexão sobre a memória e a culpa, e as linhas difusas que definem as fronteiras pessoais, sociais e morais. Através de Jaime Toledo, João Tordo traça o perfil de um homem em busca da redenção possível, num mundo mais rápido a julgar do que a refletir, e onde é mais fácil condenar do que estender a mão.
Mulheres de Sal
Gabriela Garcia

Na Miami do presente, Jeanette luta contra o vício. Filha de Carmen, uma imigrante cubana, está determinada em saber mais sobre a história da sua família e toma a decisão imprudente de acolher a filha de uma vizinha levada pelo Departamento de Imigração. Carmen, ainda a lutar com o trauma da mudança, tem de processar a relação difícil que tem com a sua própria mãe enquanto tenta criar uma Jeanette rebelde. Firme na sua busca por respostas, Jeanette viaja para Cuba para encontrar a avó e desvendar os segredos do passado. Desde as fábricas de tabaco do século XIX aos centros de detenção atuais, de Cuba ao México, Mulheres de Sal de Gabriela Garcia são um caleidoscópio de traições, pessoais e políticas, autoimpostas e infligidas por outros que moldaram a vida destas mulheres extraordinárias. Uma reflexão assombrosa sobre as escolhas das mães, o legado das memórias que carregam e a tenacidade das mulheres que escolhem contar as suas histórias apesar de tentarem silenciá-las. Este é mais do que um livro sobre diáspora, é a história das raízes humanas mais emaranhadas e honestas da América.
As Onze Mil Vergas
Guillaume Apollinaire

Guillaume Apollinaire foi um dos maiores poetas modernas de língua francesa, um homem erudito e culto, presente em todos os movimentos de vanguarda até à morte, em Paris, no ano de 1918. O presente livro circulou durante muitos anos em edições clandestinas, mas acabou por encontrar um lugar, de corpo inteiro, na obra de Apollinaire. Ninguém deixará de reconhecer o seu espírito num livro tão monstruoso como ternamente erótico.
Diário Volumes 1 a 4
Miguel Torga

O Diário de Torga, publicado originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo. Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram.
O Papalagui
Discursos de Tuiavii Chefe de Tribo de Tiavéa nos Mares do Sul
Tuiavii de Tiavea

O “Papalagui” – ou seja o Branco, o Senhor – é este o nome dados aos discursos do chefe de tribo de Tuiavii de Tiavéa, nos mares do Sul.
Tuiavii nunca teve intenção de publicar esses discursos na Europa, nem sequer de os mandar imprimir; destinavam-se unicamente aos seus compatriotas polinésios. Se eu, apesar disso, transmito aos leitores europeus os discursos desse indígena, sem que ele o saiba e certamente contra sua vontade, é porque estou convencido de que nos vale a pena, a nós, homens brancos e esclarecidos, ter conhecimento do modo como um indivíduo ainda intimamente ligado à natureza nos vê a nós e à nossa cultura. Através dos seus olhos descobrimos a nossa própria imagem, e isso com uma simplicidade que já perdemos. Os leitores particularmente fanáticos da nossa civilização irão decerto achar a sua maneira ver ingénua, e até mesmo pueril, ou parva; no entanto, mais do que uma frase de Tuiavii deixará pensativo o leitor mais modesto, pois a sabedoria de Tuiavii não emana de um saber erudito, mas é mais uma inocência de fonte divina.” Erich Scheurmann, Intodução
As Raparigas de Papel
Louise O’Neill

Quando as mulheres são criadas para o prazer dos homens, a beleza é o primeiro dever de cada rapariga. Num mundo em que as raparigas já não nascem de forma natural, são criadas em escolas, treinadas nas artes de agradar aos homens até que estejam preparadas para o mundo exterior. Quando terminam a formação, as raparigas com a melhor pontuação tornam-se «companheiras», autorizadas a viver com um marido e a gerar filhos rapazes até que deixem de ser úteis. Para as raparigas deixadas para trás, o futuro — como concubina ou professora — é sombrio. As melhores amigas freida e isabel têm a certeza de que serão escolhidas como companheiras, até porque estão entre as melhores e mais bem avaliadas. Mas, à medida que a intensidade do último ano começa a aumentar, isabel faz o impensável e deixa de se preocupar com o aspeto físico até ficar… gorda. É neste ambiente feminino fechado, de tensão e competitividade, que chegam os rapazes, ansiosos por escolher uma noiva. E freida tem de lutar pelo futuro, mesmo que isso signifique trair a única amiga, o único amor que alguma vez conheceu. Numa escrita compulsiva e mordaz, Louise O’Neill faz uma crítica à sociedade atual, onde a beleza se tornou uma obsessão e as raparigas são, desde muito novas, cada vez mais sexualizadas e julgadas pelo aspeto físico.
Quero ser Escritor
Manual de Escrita Criativa para todas as idades
Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra

Gostas de Desafios? Este livro é para ti! Se acreditas nas palavras e no poder da imaginação, este livro é mesmo para ti! Quero ser Escritor apresenta-te uma forma diferente de olhar para a escrita. Através de vários exercícios, vais descobrir a tua enorme capacidade para criar histórias, escrever diálogos, jogar com as palavras e desafiar muitas regras! Vais também aprender a olhar para os textos de forma diferente. Diverte-te a conhecer o mundo da escrita! Quero ser Escritor é aconselhado a crianças e jovens, pais e prof essores, e a todos os que vêem na escrita uma componente essencial da educação.
Mãe para Jantar
Um romance canibal
Shalom Auslander

E se tivesse de comer a sua mãe para receber a sua herança? Antes do último suspiro, a mãe deste romance sussurra: Come-me. Os filhos da família Seltzer sabiam que ela o faria, mas não deixa de ser um último desejo desagradável, cruel até. Os doze irmãos Seltzers são canibais americanos, em tempos uma minoria étnica orgulhosa e florescente. Vão confrontar-se com os seus paradoxos, tradição, culpa, conflitos fraternais e a quantidade descomunal de carne que há para comer – e que sabe mal, porque «as mães sabem muito mal». Mas só assim poderão receber a sua herança. Sétimo, o protagonista de Mãe para o Jantar, fala dos problemas logísticos e emocionais desta comezaina; Segundo só come comida kosher; Nono é vegano; Primeiro odiava a matriarca e os valores tribais; Sexto morreu (menos um com quem repartir tudo). Auslander assina uma sátira hiperbólica. Um olhar hilariante e cínico sobre as identidades étnicas e sobre o fardo da tradição que pesa sobre as minorias que tomam a opressão como identidade. Para leitores que não temem um romance de humor, escândalo e provocação.
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