Quinze livros sobre direitos humanos [e a falta deles]

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada a 10 de Dezembro de 1948. No entanto ela continua a não ter força de lei, o que a torna opcional e leva a que muitos não a sigam. Os crimes contra os direitos humanos têm sido muitos ao longo dos séculos e continuam a acontecer.

Hoje trazemos uma lista com vários livros que nos relatam alguns desses crimes. A ideia é chamar a atenção para os direitos humanos e para a enorme quantidade de vezes em que eles não foram e continuam a não ser respeitados. Uma luta que deve ser de todos e para todos.

Se Isto é um Homem
Primo Levi

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Livro Físico

Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta. Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus.

Noite
Elie Wiesel

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Livro Físico

Nascido no seio de uma família judia na Roménia, Elie Wiesel era adolescente quando, juntamente com a família, foi empurrado para um vagão de carga e transportado, primeiro para o campo de extermínio, Auschwitz, e, depois, para Buchenwald. Este é o aterrador e íntimo relato do autor sobre os horrores que passou, a morte dos pais e da irmã de apenas oito anos, e da perda da inocência a mãos bárbaras. Descrevendo com grande eloquência o assassínio de um povo, do ponto de vista de um sobrevivente, Noite faz parte dos mais pessoais e comovedores relatos sobre o Holocausto, e oferece uma perspectiva rara ao lado mais negro da natureza humana.

Digam-me Como É Uma Árvore
Dos cárceres franquistas à liberdade
Marcos Ana

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Livro Físico

Em Digam-me Como É Uma Árvore, Marcos Ana desfia as suas memórias da prisão, do exílio e da luta pela liberdade. O autor, grande poeta e humanista espanhol, narra os 23 anos que passou preso, a recuperação da liberdade, o seu exílio em França e o desenvolvimento de uma enorme actividade solidária para com os presos políticos espanhóis, a qual o levou aos quatro cantos do mundo. Testemunho excepcional de um homem que se transformou em símbolo da solidariedade internacional e da luta antifranquista, este livro é uma oportunidade para recuperar um importante pedaço da história recente de Espanha e um manifesto pela liberdade, pelo respeito dos direitos humanos e pela tolerância entre homens.

Holocausto Brasileiro
Daniela Arbex

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Livro Físico

Um genocídio que roubou a dignidade e a vida a 60.000 pessoas. Milhares de crianças, mulheres e homens foram violentamente torturados e mortos, no Brasil, no hospital de doenças mentais de Colônia, em Barbacena, fundado em 1903. A maioria foi internada sem diagnóstico de doença mental: eram meninas violadas que engravidaram dos patrões, homossexuais, epilépticos, mulheres que os maridos não queriam mais, alcoólicos, prostitutas. Ou simplesmente seres humanos em profunda tristeza. Sem documentos, sem roupa e sem destino, tornaram-se filhos de ninguém. Em Holocausto Brasileiro, a premiada jornalista de investigação Daniela Arbex resgata do esquecimento esta chocante e macabra história do século XX brasileiro: um genocídio feito pelas mãos do Estado, com a conivência de médicos, funcionários e população, que roubou a dignidade e a vida a 60.000 pessoas. Bebiam água do esgoto. Comiam ratos. Morriam ao frio e à fome. Eram exterminados com electrochoques tão fortes, que toda a cidade ficava sem luz, por sobrecarga da rede. Os bebés eram roubados às mães logo à nascença. Nos períodos de maior lotação, morriam 16 pessoas por dia dentro dos muros do Colônia. Ao morrer, davam lucro. Os cadáveres eram vendidos às faculdades de medicina. Quando o número de corpos excedia a procura, eram decompostos em ácido, no pátio, diante dos pacientes. Os ossos eram comercializados. Nada ali se perdia. Excepto a vida. É a essas 60.000 pessoas que Daniela Arbex devolve agora o rosto e a identidade, num relato que recupera o testemunho dos poucos sobreviventes e dá voz aos milhares que já não podem contar a sua própria história. O hospício de Colônia só foi transformado em verdadeiro Centro Hospitalar Psiquiátrico em 1980.

Queimada Viva
Souad

Wook.pt - Queimada Viva

Livro Físico

Quando o amor antes do casamento é sinónimo de morte. Souad tinha dezassete anos e estava apaixonada. Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá- -la com gasolina e chegar-lhe fogo. Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la. Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o “atentado” à honra da sua família é um “crime” que ainda não prescreveu. Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres. Com mais de 350 mil exemplares já vendidos em França, Queimada Viva encontra-se traduzido em 24 línguas e é presença assídua nas listas de best-sellers um pouco por todo o mundo. Nos Estados Unidos, a Warner Books prepara-se para editar a versão americana.

A História da Pide
Irene Flunser Pimentel

Wook.pt - A História da Pide

Livro Físico

Um importante trabalho sobre a nossa história mais recente, a levar-nos aos calabouços da PIDE, aos meandros do poder político, ao lado mais negro da ditadura. A Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE), criada em 1945, a partir da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE, 1933-1945), e a sua sucessora, Direção Geral de Segurança (DGS), instituída em 1969, constituíram a polícia política do regime ditatorial que vigorou em Portugal até 1974. A PIDE/DGS serviu, por um lado, para intimidar e, deste modo, prevenir a contestação pública ao regime e, por outro lado, para destruir toda a oposição organizada contra o Estado Novo. Na presente obra analisa-se a forma como a polícia política reprimiu todos aqueles que revelavam qualquer dissidência social, política e até religiosa; como se estruturava e quais eram os seus método; quantos e quem foram os detidos políticos; como era a vida nas prisões da PIDE/DGS e o julgamento político nos tribunais plenários; quais eram as relações entre a polícia política e o aparelho judicial político; e, por fim, descreve a forma como a DGS soçobrou no dia 25 de abril de 1974.

Acusada de Traição
Robert Hillman e Zarah Ghahramani

Wook.pt - Acusada de Traição

Livro Físico

Zarah Ghahramani cresceu num agradável subúrbio de Teerão. Educada no seio de uma família liberal, desde sempre lhe foi incutida a noção de que a educação era tão importante para os rapazes como para as raparigas e, tal como as jovens adolescentes de todo o mundo – mesmo sendo obrigada a cumprir as regras severas do regime de Khomeini, como vestir-se com cores discretas e cobrir o cabelo -, tinha ambições e projectos. Foi com um entusiasmo juvenil e motivada por uma paixoneta que Zarah se juntou ao movimento estudantil: como toda a gente, sentia uma enorme adoração e respeito por Arash, o estudante activista que liderava os protestos. No entanto, o seu envolvimento teve graves consequências e foi apanhada um dia no meio da rua, atirada para dentro de um carro e levada para a prisão mais famosa de Teerão: Evin. O seu lar passou a ser uma cela exígua e sem janelas, mas era o único refúgio contra os seus dois interrogadores: um deles desprezível e rude, o outro mais brando, aparentemente mais civilizado, mas igualmente implacável. Dia após dia foi humilhada, espancada e até os longos cabelos lhe foram rapados. Sem qualquer espécie de ânimo ou coragem, a única coisa que queria era morrer. Em Acusada de Traição, Zarah conta-nos a sua terrível experiência e as provações por que passou. Descreve o modo como este encarceramento destruiu a jovem ingénua de dezanove anos, dando lugar a uma mulher de coragem e determinação. Um testemunho poderoso que nos permite perceber o que é viver sob um regime opressivo.

Estrada Leste-Oeste
As Origens do Genocídio e dos Crimes Contra a Humanidade
Philippe Sands

Wook.pt - Estrada Leste-Oeste

Livro Físico

Numa cidade hoje pouco conhecida, mas que foi um importante centro cultural da Europa de Leste, «a pequena Paris da Ucrânia», a um tempo chamada de Lemberg, Lwów, Lvov ou Lviv, consoante a potência ocupadora, uma estrada percorria-a de leste a oeste. Ao longo dessa estrada, em momentos diferentes, moraram três homens: Leon Buchholz, avô do autor, Hersch Lauterpacht, que viria a cunhar a expressão crimes contra a humanidade, e Rafael Lemkin, que criaria o conceito de genocídio, apresentados pela primeira vez nos julgamentos de Nuremberga. Este livro narra a evolução pessoal e intelectual de Lauterpacht e Lemkin, ambos estudantes de Direito na Universidade de Lviv, cada um dos quais considerado o pai do moderno Direito Internacional, ambos presentes em Nuremberga, alheios ao facto de que o homem que julgam – Hans Frank, governador-geral da Polónia ocupada – pode ter sido o responsável pelo assassínio da quase totalidade das suas famílias. Mas este livro é também a memória de uma família, com o autor a traçar a história do seu avô — uma vida envolta em segredos, com muitas perguntas e poucas ou nenhumas respostas — e da sua fuga pela Europa em face das atrocidades nazis. Estrada Leste-Oeste é um livro que mostra que nem tudo foi dito sobre a Segunda Guerra Mundial. Uma meditação sobre a barbárie, a culpa e o desejo de justiça. Raramente se justifica aplicar a qualificação de indispensável a um livro, mas este é esse livro.

Mutilada
Khady

Wook.pt - Mutilada

Livro Físico

Todos os anos 2 milhões de raparigas são excisadas. 130 milhões de mulheres foram já submetidas a estas mutilações em todo o mundo. Segundo as vozes da tradição, a excisão aumenta a fecundidade das mulheres, garante a pureza e virgindade de uma jovem bem como a fidelidade de uma esposa… Na realidade, esta mutilação bárbara põe em perigo a vida das jovens raparigas que a ela são submetidas, priva-as do prazer e destrói para sempre as suas vidas enquanto mulheres. O testemunho de Khady é o de uma criança que, aos sete anos, viveu este pesadelo e que, uma vez mulher, tomou consciência da barbárie desta prática. É o percurso de uma sobrevivente que denuncia, com uma coragem extraordinária, aquilo que teve de suportar, uma militante que luta sem descanso para salvar as crianças do horror que ela própria foi obrigada a viver.

Divorciada aos 10 Anos
Delphine Minoui e Nojoud Ali

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Livro Físico

A infância de Nojoud teve um final abrupto quando o pai lhe arranjou um casamento com um homem muito mais velho, que ignorou o compromisso de esperar que a menina alcançasse a puberdade para ter relações sexuais. O marido roubou-lhe a virgindade na noite de núpcias. Ela tinha apenas dez anos. A sua tenra idade não a impediu de fugir – não para casa, mas para o tribunal. Surpreendentemente, o juiz deu-lhe razão. Algo inédito num país onde mais de metade das raparigas casa antes dos dezoito anos. A sua coragem foi aplaudida pela imprensa internacional e comoveu o mundo inteiro. Nojoud conta agora a sua história. Para quebrar o silêncio e encorajar as outras meninas a lutar pelos seus direitos mais fundamentais. Esta vitória legal sem precedentes conduziu a mudanças no Iémen e em outros países do Médio Oriente, onde as leis dos casamentos de menores estão a ser alteradas.

Nós Somos Refugiadas
A minha jornada e as histórias de raparigas refugiadas em todo o mundo
Malala Yousafzai e Liz Welch

Wook.pt - Nós Somos Refugiadas

Livro Físico

As experiências de Malala ao visitar campos de refugiados fê-la reconsiderar a sua própria migração forçada – primeiro, como Pessoa Internamente Deslocada, quando ainda era uma criança no Paquistão; e depois, como ativista internacional que podia viajar para qualquer lugar do mundo, exceto para o país que amava. Nós Somos Refugiadas é em parte um livro de memórias, mas também um relato de histórias comuns. Malala não explora apenas a sua própria história de adaptação a uma nova vida enquanto anseia pela sua casa, mas também partilha as histórias pessoais de algumas das raparigas incríveis que conheceu nas suas viagens – raparigas que perderam as suas comunidades, e com frequência o único mundo que alguma vez conheceram. Num tempo de crises migratórias, guerra e conflitos fronteiriços, Nós Somos Refugiadas, escrito por uma das mais jovens e proemientes ativistas mundiais, serve para nos recordar que cada uma das 68,5 milhões de pessoas atualmente deslocadas é um ser humano – com frequência, alguém jovem – com esperanças e sonhos, e que todas merecem direitos humanos universais e um lar seguro.

O Apicultor de Alepo
Christy Lefteri

Wook.pt - O Apicultor de Alepo

Livro Físico

Nuri é apicultor; a sua mulher, Afra, uma artista. Vivem uma vida simples, com uma bela família e amigos, na bonita cidade Síria de Alepo. Até que o impensável acontece. Quando tudo aquilo que lhes importa é destruído pela guerra, são forçados a fugir. Mas aquilo que a Afra viu é tão horrível que ela fica cega, e por isso embarcam numa perigosa viagem pela Turquia e Grécia, até ao futuro incerto no Reino Unido. Na travessia, o Nuri agarra-se à esperança de reencontrar o seu primo Mustafa, e sócio nos negócios, que criou apiários na Inglaterra e que ensina apicultura aos refugiados em Yorkshire. Nuri e Afra viajam por um mundo despedaçado e têm de confrontar a indizível dor da sua perda, enquanto enfrentam perigos que assustariam a mais corajosa das almas. Acima de tudo — e talvez esta seja a coisa mais difícil que eles enfrentam —, têm de se encontrar um ao outro. Comovente, poderoso, escrito com enorme beleza e compaixão, O apicultor de Alepo é um testemunho do triunfo do espírito humano. Contado de uma forma clara, é o tipo de livro que nos recorda o poder das boas histórias.

As meninas proibidas de Cabul
Jenny Nordberg

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Livro Físico

Nas cidades e aldeias afegãs, há raparigas que se movimentam livremente e sem medo de represálias. Num país onde a mulher não tem valor nem privilégios, há meninas que vão à escola e brincam na rua. Elas existem mas ninguém sabe quem são. Porquê? Porque estão disfarçadas de rapazes. São as suas próprias famílias a fazê-lo ao abrigo de uma tradição secreta ancestral chamada bacha posh. Para uma família afegã, não ter filhos varões é uma tragédia. De forma a contornar este estigma, muitos vestem e apresentam ao mundo as suas filhas como se fossem rapazes. Mas este estado de graça só dura até à puberdade, altura em que são obrigadas a assumir a sua identidade feminina. Para as meninas que tiveram um vislumbre de autonomia, o choque é dilacerante. A jornalista premiada Jenny Nordberg deparou-se com este costume e ficou fascinada. Pouco a pouco, conseguiu reunir um grupo de mulheres corajosas. Os seus testemunhos são fascinantes e dão-nos uma perspetiva totalmente nova sobre o que significa ser mulher e os sacrifícios a que obriga ainda nos dias de hoje.

A Pérola que Partiu a Concha
Nadia Hashimi

Wook.pt - A Pérola que Partiu a Concha

Livro Físico

Cabul, 2007. com um pai toxicodependente e sem um único irmão, Rahima e as irmãs só podem frequentar a escola esporadicamente e mal lhes é permitido sair de casa. A Rahima, resta a esperança proporcionada pela bacha posh, uma prática antiga através da qual as raparigas podem ser tratadas como rapazes, e adotar o seu comportamento, até terem idade para casar. Como filho, ela pode ir à escola, ao mercado e sair à rua para acompanhar as irmãs mais velhas. Rahima não é a primeira da família a seguir esta prática pouco comum. Shekiba, sua trisavó, já o fizera um século antes para tentar salvar-se. Os destinos das duas cruzam-se numa história, ao mesmo tempo, bela e triste que nos fala da condição feminina num ambiente hostil. o que acontecerá a Rahima quando tiver idade para se casar? Como sobreviverá? e Shekiba, terá ela conseguido construir uma vida nova e mais digna?

A Liberdade é uma Luta Constante
Ferguson, a Palestina e as bases de um movimento
Angela Davis

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Livro Físico

Nesta selecção de ensaios, entrevistas e discursos recentes, a célebre activista e académica Angela Davis lança uma nova luz sobre as lutas contra a violência de Estado e a opressão em vários pontos do mundo – da Palestina à África do Sul -, desmontando as estruturas do sistema capitalista (patriarcado, supremacia branca, políticas imperiais) que apenas sobrevivem perpetuando conflitos. Reflexão sobre os combates históricos do movimento negro nos Estados Unidos, o lugar central do feminismo na desconstrução das relações de poder e a abolição do sistema prisional industrial, A Liberdade é uma Luta Constante (2015) obriga-nos a olhar para lá do nosso quintal, para os reservatórios de esperança e optimismo que encontramos nas colectividades resistentes. Quando dar tréguas à injustiça é multiplicar formas de submissão, Angela Davis desafia-nos a dar o exemplo, fazendo a nossa parte por um movimento global de libertação humana.

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