“Trabalha-se mal durante a Primavera, é certo, e porquê? Porque se sente. E porque é obtuso todo aquele que pensa que um criador deve sentir. Cada artista verdadeiro e sincero sorri face à ingenuidade deste erro de amador – melancolicamente, talvez, mas sorri. Pois aquilo que se diz não pode nunca ser o primordial, mas apenas e por si só o material indiferente, a partir do qual o produto estético é construído em superioridade engenhosa e serena.”

Paul Thomas Mann nasceu a 6 de junho de 1875 na Cidade Livre de Lübeck e faleceu a 12 de agosto de 1955 em Zurique. Foi escritor, romancista, ensaísta, contista e crítico social do Império Alemão e recebeu o Prémio Nobel da Literatura de 1929. As suas obras mais conhecidas são A Montanha Mágica e Os Buddenbrook.
Em Tonio Kroger conhecemos a história de Tonio desde a sua infância à idade adulta. Tonio, descendente de uma família importante, sempre se revelou um mau aluno, mais preocupado com os seus sentimentos do que com os livros. O seu primeiro amoré Hans, um rapaz exemplar de uma família exemplar que o trata carinhosamente. Mas Tonio depressa se esquece dele paa se apaixonar por uma rapariga de quem acaba por se esquecer também. Cresce e torna-se um artista, sempre em busca de si próprio e sempre a lutar com os seus próprios sentimentos.
Tonio Kröger é um pequeno livro com menos de 100 páginas que se lê de um suspiro mas não se enganem a pensar que é uma coisa leve. Na verdade, é um livro bastante profundo sobre os sentimentos e a vida de Tonio, que no fundo é só como qualquer um de nós: complexo.
Tem citações belíssimas, mas não esperem grandes reviravoltas ou assombrosos mistérios ou um enredo extremamente empolgante. É um livro normalissimos, como as pessoas normalissimas, sobre o que vai no coração e na alma de Tonio.
Recomendado! 4*