Doris Lessing nasceu a 22 de Outubro de 1919 em Kermanshah, no Irã e faleceu a 17 de Novembro de 2013 em Londres. Tem uma vasta e variada obra, que abrande desde autobiografias à ficção científica. Foi a vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2007.
Em O Quinto Filho conhecemos David e Harriet, um casal mais conservador do que o habitual na sua geração, que se apaixona rapidamente e rapidamente percebem que têm muitos sonhos em comum: a fidelidade, o amor, um lar e…muitos filhos. Compram uma casa vitoriana com muitos quartos, que pretendem encher de filhos e convidados. De início, tudo corre bem: os convidados chegam, os filhos nascem e, apesar de algumas criticas quanto pressa e à quantidade de filhos que o casal quer ter, tudo vai às mil maravilhas. Até que Harriet engravida sem querer do quinto filho, mais cedo do que esperava, e começa perceber que há algo muito errado com aquele bebé. Quando Ben nasce é, aparentemente, uma criança extremamente saudável, apesar de pouco comum. Mas todos percebem que há algo muito, muito errado com ele.
Admito que não esperava muito desta leitura. Não tinha lido a sinopse, nunca tinha ouvido falar dele e o livro era relativamente curto. Talvez por isso me tenha surpreendido tanto.
Se tivesse de descrever esta leitura numa palavra, seria sem dúvida impactante. Impactou-me imenso. Impactou-me a forma como David e Harriet se conhecem e se apaixonam e a vida que decidem ter. Impactou-me a sua família e a sinceridade e lucidez com que a autora descreve as vidas e as relações das suas personagens. Impactou-me a rapidez com que algo que estava a correr tão bem passa a correr tão mal. Impactou-me o final do livro. E, sobretudo, impactou-me Ben, um ser muito cruel e muito fora do dito normal mas de quem, ainda assim, não conseguimos desgostar de todo.
Livro muito recomendado! 5*
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