Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez

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“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.”

“Taciturno, silencioso, insensível ao novo sopro de vitalidade que sacudia a casa, o coronel Aureliano Buendía compreendeu, isso sim, que o segredo de uma boa velhice não é mais do que um pacto honrado com a solidão.”

” «As coisas têm vida própria», apregoava o cigano com um sotaque áspero, «é tudo uma questão de lhes acordar a alma.» “

 

Resultado de imagem para gabriel garcia marquez mercedes"Gabriel García Márquez nasceu a 6 de Março de 1927 em Aracataca, na Colômbia. Era filho de Gabriel Eligio García e de Luísa Santiaga Márquez, que tiveram ao todo onze filhos. Diz-se que em 1966 quando Gabriel e a sua esposa Mercedes foram aos correios enviar o livro Cem Anos de Solidão terminado pareciam dois sobreviventes de uma catástrofe. O envelope, com 490 páginas dactilografadas, tinha um custo de envio de 82 pesos, mas eles apenas tinham 50. Enviaram a primeira parte, foram a casa, empenharam o liquidificador, o aquecedor e o secador de cabelo e voltaram aos correios para enviar o resto. Gabriel é, provavelmente, o mais reconhecido escritor do “Terceiro Mundo”. A sua reputação é inigualável. As suas obras inserem-se no realismo mágico, um estilo literário que fica entre a realidade e a fantasia, as experiências reais e os sonhos, tocando nos dois mundos.

Em Cem Anos de Solidão conhecemos a história da família Buendía, desde o seu patrono José Arcádio ao último dos Buendía, Aureliano. Com eles conhecemos também a história de Macondo, a terra de que os primeiros Buendía foram também fundadores.

Esta obra era uma das minhas metas literárias para este ano. Chegado Novembro e eu sem ter tido ainda coragem de lhe pegar, achei que tinha mesmo de ser agora ou já não era e lá fui eu. Já me tinham avisado que não seria uma leitura fácil, não só pela escrita densa de Gabo mas também pela intrincada árvore genealógica dos Buendía onde cada um tem o nome de outra pessoa.

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E realmente, foi mesmo assim. A escrita é densa mas maravilhosa, mas isso eu já sabia das obras que já tinha lido do autor. Os Buendía por sua vez eu admito que ainda pensei que “não podia ser assim tão complicado” mas enganei-me redondamente. É mesmo complicado, não só por todos terem os mesmos nomes mas também pelo hábito desta família de se enamorarem entre si.

Cem Anos de Solidão não é uma história fácil de resumir. São muitas e muitas personagens, cada uma com a sua história e forma de se relacionar com as outras. É complexo, mas muito interessante. No fim, algo que as une a todas: a solidão. Há um pouco de tudo neste livro: romance, amor, morte, solidão, critica social, critica politica….

Eu adorei sinceramente esta obra. A escrita é fantástica, a história é belíssima e complexa e com enormes toques do realismo mágico que tanto caracterizam o Gabo e que eu adoro, as personagens são encantadores a e muito realistas à sua própria maneira. Foi um livro que me agarrou do inicio ao fim e que eu tive imensa pena de terminar, principalmente pela forma como terminou. Mas acho que não poderia ser diferente…

Eu amei cada página, cada personagem, cada uma das suas histórias individuais. Esta foi sem dúvida uma das melhores obras do ano e que vai entrar directamente na minha lista de preferidos. Não acredito que esperei tanto tempo para o ler!

Livro muito recomendado!

Livro na Wook

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