Se Isto é um Homem – Primo Levi
Em Se Isto é o Homem conhecemos o testemunho de Primo Levi, um químico italiano, que foi prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz. Vemos o dia a dia no campo, de uma forma real, sem falsos moralismos ou meias verdades.Este é um livro diferente. Não é um romance histórico escrito por alguém que nunca viveu aquela realidade. É um testemunho de quem sentiu a fome e o frio que os prisioneiros sentiam, de quem viveu entre o arame farpado do campo e levou pancada dos guardas. Um livro duro, difícil de ler, sem meias verdades nem falsos moralismos. E um dos melhores sobre este tema que conheço. Falamos dele aqui.
Os Loucos da Rua Mazur – João Pinto Coelho
Neste livro João Pinto Coelho conta-nos a história de Erik, o cristão, Yankel, o judeu cego de nascença e Shionka, a filha da bruxa. A história passa-se em plena II Guerra Mundial, no Nordeste da Polónia, mas a guerra é uma coisa que ao fim e ao cabo não está muito presente. No entanto a obra vale a pena, por ver a história sob um diferente ponto de vista, pelas boas palavras, pela diferença que marca em tantos livros iguais. Recomendado! Falamos dele aqui.
O Tatuador de Auschwitz – Heather Morris
Em O Tatuador de Auschwitz conhecemos a história verídica de Lale Sokoloc e Gita. Lale, prisioneiro do campo de concentração, que se torna o tatuador do campo e passa a escrever o fatídico número de identificação em cada prisioneiro. É aí que conhece Gita, uma prisioneira como ele, e se apaixona.
Amor à primeira vista ou não, o certo é que um romance num campo de concentração não é uma coisa fácil. Conquistar alguém, conhecer alguém, torna-se uma tarefa hercúlea. Ainda mais se tivermos em conta o medo de não se estar vivo no dia seguinte. Falamos dele aqui.
O Homem em Busca de um Sentido – Viktor E. Frankl
Viktor E. Frankl era ainda um jovem psicoterapeuta quando foi obrigado a entrar no comboio que o levaria para o temido campo de concentração. Mas o que podia ter sido o fim da vida de Viktor foi, na verdade, um aprendizado. Nos dias mais negros da sua vida Viktor conseguiu ver a esperança nas pequenas coisas, encontrar o humor nos piores momentos, aceitar e respeitar o sofrimento. Não se revoltou e, ao não se revoltar, sobreviveu. Perdeu tudo o que mais amava mas conseguiu seguir em frente, com uma nova compreensão da raça humana, do seu sofrimento e das suas motivações. Nesta obra Viktor vem contar-nos a sua experiência e de que forma isso o moldou. Já falamos desta obra aqui.
Mengele – Gerald L. Posner e John Ware
Há muitas coisas arrepiantes no que à II Grande Guerra Mundial diz respeito. Mas se há alguém verdadeiramente arrepiante, tanto ou mais até que Hitler, esse alguém foi Mengele, o Anjo da Morte dos Campos de Concentração. Médico de profissão Mengele costumava usar os prisioneiros vivos nas suas experiências, e tinha uma especial “afeição” a gémeos. Infectava propositadamente os seus pacientes com diversas doenças, de forma a estudar a doença; tentava mudar-lhes a cor dos olhos injectando tinta; matava lentamente um gémeo para ver como o irmão reairia; e muitas, muitas outras coisas. Esta não é uma obra de literatura, mas sim uma biografia, composta por factos reais e não aconselhável a leitores impressionáveis. Mas é uma obra que nos dá uma grande noção sobre a crueldade humana.
KL: A História dos Campos de Concentração Nazis – Nikolaus Wachsmann
Há muitos livros de história sobre a história da II Grande Guerra Mundial e os seus campos de concentração. No entanto este é de longe o mais completo que conheço, o que o torna numa obra de referência. Com quase 900 páginas, KL traz-nos um relato sem precedentes dos campos de concentração nazis, desde a sua concepção em 1933 até ao seu encerramento, na primavera de 1945. Detalhado, pormenorizado e uma excelente obra para quem quer conhecer o lado histórico do maior crime jamais cometido.
Toda a Luz que Não Podemos Ver – Anthony Doerr
Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição. Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de trevas.
Perguntem a Sara Gross – João Pinto Coelho
Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador. Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou. Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História. A obra foi finalista do prémio LeYa em 2014.
A Bailarina de Auschwitz – Edith Eger
Edith Eger tinha 16 anos quando foi enviada para Auschwitz. Naquele campo de concentração suportou experiências inimagináveis, incluindo ser forçada a dançar para o infame Joseph Mengele. Durante os meses seguintes, a resiliência da jovem ajudou muitos a sobreviver. Quando o campo foi finalmente libertado pelas tropas americanas, Edith foi retirada de uma pilha de corpos moribundos. Em A Bailarina de Auschwitz, Edith Eger partilha a sua experiência do Holocausto e as histórias extraordinárias das pessoas que ajudou desde essa altura. Actualmente, ela é uma psicóloga reconhecida internacionalmente e os seus pacientes incluem mulheres vítimas de abusos e soldados com síndrome de stress pós-traumático. Edith Eger explica como a mente de muitos de nós se tornou numa prisão e mostra como a liberdade é possível quando nos confrontamos com o nosso sofrimento.
Hitler: Uma Biografia – Ian Kershaw
Não podíamos terminar esta lista sem ter uma biografia de Hitler, o homem que convenceu milhões de pessoas com as suas ideias. Esta obra, Hitler, é a aterradora e fascinante narrativa da ascensão de um provinciano rebelde, originário de um canto obscuro da Áustria, a líder de massas com um poder sem paralelo; de como umas ideias mal estruturadas e vis saídas da cabeça de um instável antigo estudante de arte se aglutinaram numa ideologia que durante doze anos ditou o destino de milhões de pessoas; e de como, na sua determinação em impor militarmente a sua vontade e em se esquivar aos seus muitos inimigos, Adolf Hitler iniciou um Armagedão genocida. Nenhum indivíduo pode ser o bode expiatório das vastas forças sociais, tecnológicas, económicas e militares que mudam as nossas sociedades – mas se alguma vez existiu um único indivíduo cujas ideias e personalidade moldaram essas forças e as encarnou, essa pessoa foi Hitler. Esta é a sua história, e Kershaw conta-a de uma forma brilhante.
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