Este foi um daqueles livros que me marcou, não só pela sua qualidade enquanto livro mas pelo tema importante em que toca. Eu própria vi paralelismos entre esta história e algumas situações que presenciei na vida real. Fez-me ficar alerta, tornei-me mais atenta a algumas situações que nos cercam.
Conta a história de Clarissa, uma mulher perfeitamente comum, solteira e que vive sozinha, que trabalha e que tem uma vida como qualquer outra mulher. Até ao dia em que Rafe entra na sua vida.
Rafe é um colega de trabalho e parece não conseguir entender quando a resposta é “Não!”. Não importa quantas vezes lhe seja dito o contrário, na mente dele ele ama Clarissa e Clarissa ama-o e no fim, hão-de ficar juntos.
Clarissa é chamada então para ser jurada, o que a principio parecia algo bom. Pelo menos enquanto o julgamento durasse, não teria de ver Rafe. Mas o julgamento é de um caso de rapto e violação e Clarissa vai ficando cada vez mais inquieta. Poderia ser ela, ali, aquela vitima.
Rafe persegue-a, envia-lhe presentes, parece estar sempre lá. Se ela não for dele, não será de mais ninguém. Clarissa muda o trajecto, foge, esconde-se. Chega à conclusão que a única solução é expor o seu perseguidor, fazê-lo ser preso, denunciá-lo. Mas como pode denunciar um crime que só ela consegue ver? Aos olhos dos outros Rafe é apenas um homem normal.
Este livro é um thriller de fazer suster a respiração, que nos agarra desde o inicio e nos faz entrar na pele de uma pessoa perseguida. Lembra-nos que coisas assim acontecem mesmo e não acontecem só aos outros. A escrita da autora é incrível e a história é daquelas de que não conseguimos tirar os olhos até terminar. Faz-nos pensar, faz-nos ficar de coração apertado pela segurança daquela mulher fictícia e pela segurança de todas as mulheres reais que passam por situações destas no dia a dia.
Livro muito recomendado!