A Muralha
Agustina Bessa-Luís

«É tentador descrever A Muralha, publicada em 1957, três anos após A Sibila, de maneira superlativa: como um dos maiores romances escritos em português; como um dos documentos mais profundos sobre a cultura europeia depois da II Guerra Mundial; ou ainda como o grande romance da cidade do Porto, tal como Os Maias é o grande romance de Lisboa.»
[Do Prefácio de Rui Ramos]
Primeiros Contos e Outros Contos
Agustina Bessa-Luís

Este livro reúne dezassete contos, quinze dos quais inéditos.
«Agustina sempre gostou do conto, das histórias contadas à lareira, ou na sombra da ramada. Todos sabiam contar histórias, e a atenção dos ouvintes era captada com uma sabedoria magistral. Agustina foi ouvinte, e aprendeu. Mesmo nos seus romances, por vezes deparamo-nos com umas páginas que poderiam ser isoladas num conto. E o que sinto é que, embora uns desses contos estejam loca- lizados numa cidade, como na Coimbra dos anos 40, por exemplo; numa época, que pode ser a medieval, ou o século XIX, ou a de hoje; num contexto que já é memória, como a infância; é certo que, se despirmos os contos desses sinais, se despirmos as personagens da sua roupagem, se lhes retirarmos as máscaras, e ficar apenas a fala, o conto permanece intacto e eternamente actual.» [Do Prefácio de Mónica Baldaque]
Os Incuráveis
Agustina Bessa-Luís

Em Os Incuráveis, Agustina Bessa-Luís acompanha a vida de algumas famílias entre a cidade do Porto e a região do Douro.
«A propósito de Os Incuráveis, como a propósito de poucas obras de ficção, nossas, será permitido empregar a palavra: génio. No duplo sentido, complementar, que o termo pode assumir. Génio: superação do talento — mesmo brilhante — superação da habilidade adquirida pelo ímpeto criador; génio: brotar frontal, crescimento desde a raiz de uma vivência autónoma, impositiva.»
Manuel Antunes, Legómena. Lisboa, Imprensa Nacional, 1987, p. 460
O Sermão do Fogo
Agustina Bessa-Luís

«Contra tudo aquilo que artificializa o homem, contra a técnica e contra a civilização, contra as ideologias e contra as mentiras e os slogans e as propagandas, a Autora ergue a sua voz. Uma voz antiquíssima, do princípio do mundo, apelando para a conaturalidade dos seres, para o seu enraizamento na terra, para a sua esperança infatigável, sempre renascente dos escombros, para o amor que sabe acreditar e que sabe confiar.»
Manuel Antunes, em Brotéria, Julho de 1963
A Ronda da Noite
Agustina Bessa-Luís

«Para os Nabasco, A Ronda da Noite acaba por funcionar como um espelho onde se refletem todas as suas aspirações, diversas consoante os que nele se vêem retratados ou simplesmente sugeridos.»
Do Prefácio de António Mega Ferreira
Três Mulheres com Máscara de Ferro
Agustina Bessa-Luís

«Vamos pôr as nossas máscaras e voltar para o nosso lugar. Elas escondem que somos iguais aos homens e que temos direito ao reino deles. Mas como os iguais não se podem amar temos que usar estas máscaras de ferro toda a vida.»
Com base no libreto de Agustina Bessa-Luís, encenação de João Lourenço, música original de Eurico Carrapatoso e direcção musical de João Paulo Santos, o Teatro Aberto levou à cena a obra Três Mulheres com Máscara de Ferro. O espectáculo estreou em Outubro de 2014 na Fundação Calouste Gulbenkian e foi depois levado à cena na Sala Azul do Teatro Aberto. A ópera regressou ao Teatro Aberto em 5, 6 e 7 de Outubro de 2018. As três conhecidas protagonistas femininas, Fanny Owen, Ema e Sibila, são interpretadas pelas actrizes Ana Ester Neves, Angélica Neto e Patrícia Quinta. Nesta edição, além do texto em português (e inglês) que Agustina Bessa-Luís escreveu, publicam-se textos de Mónica Baldaque, Vera San Payo de Lemos, Eurico Carrapatoso e os prefácios de António Lobo Antunes, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares publicados em Vale Abraão, Fanny Owen e A Sibila. Editam-se também imagens da representação do Teatro Aberto.
A Sibila
Agustina Bessa-Luís

«O que Sibila e sua descendência significam não precisa de ser sublinhado por contraste. Mas esse mundo romanesco, pelo seu simples aparecimento, deslocou o centro da atenção literária.» Eduardo Lourenço
Vale Abraão
Agustina Bessa-Luís

«Aprende-se com ela como as trevas são claras e como tudo é excepcional.» Do Prefácio de António Lobo Antunes
Fanny Owen
Agustina Bessa-Luís

«Não significa tal que este livro não arda. O que acontece dentro é um desses fenómenos cuja potência afunda um continente ou levanta das cinzas uma ilha. » Do Prefácio de Hélia Correia
As Estações da Vida
Agustina Bessa-Luís

«[…] o que finalmente temos é uma longa, lenta, amorosa e perspicaz divagação sobre as vidas que se cruzavam com ela [a autora] nas estações de caminho-de-ferro e nos comboios, designadamente na linha do Douro, a que vai ou, antes, ia de São Bento e de Campanhã, no Porto, até Barca d’Alva, antes de entrar por Espanha adentro.» [Do Prefácio de António Barreto]
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