
“Mas é que, na rua, sempre reparo como o tempo passa e não quero perder as ilusões. Fizeram outra casa nova na praça. Não quero aperceber-me de como o tempo passa.”

Federico García Lorca nasceu a 5 de junho de 1898 em Fuente Vaqueros e faleceu a 19 de agosto de 1936 em Víznar. Foi poeta e dramaturgo, um dos maiores poetas espanhóis do séc. XX e pertenceu à geração de 27.
Dona Rosinha a solteira é uma peça de teatro que eu já conhecia anteriormente, uma vez que o grupo de teatrou de que fiz parte a levou ao palco durante bastante tempo. Lê-la foi, portanto, mais um recordar da história do que propriamente novidade. É uma obra que me traz muitas boas recordações e pela qual tenho um apreço especial.
Dona Rosinha a solteira é uma história simples, com uma premissa que seria bastante menos séria no dia de hoje: Rosinha, que espera durante décadas pelo seu noivo, acaba solteirona, enquanto ele se casa lá longe com outra mulher e não lhe diz nada. É uma história “de outros tempos” sobre uma mulher apaixonada que acaba por ficr sem nada nem ninguém que lhe valha por ter ido no galanteio do homem errado.
Apesar da premissa simples, é uma história bastante triste, sobre desilusões de amor, sobre a passagem do tempo e a vida que não é vivida. Está muito bem escrita, lê-se em menos de um sopro e é belíssima.
Muito recomendado. 4*