O Amante de Lady Chatterley
D. H. Lawrence

Por causa das cenas de sexo explícito, por causa da relação adúltera e também por causa da diferente origem de classe dos dois amantes, um guarda caça e a mulher burguesa casada com um aristocrata. O traço essencial deste livro é a fusão plena do corpo e da mente. Em harmonia e em plenitude.
Sexus
Henry Miller

Terá sido numa quinta-feira à noite. Ele, a caminho dos trinta e três anos, funcionário numa empresa telegráfica e friamente casado, conheceu-a no salão de baile. De um momento para o outro, estava arrebatado de paixão e com a certeza de que uma nova vida se abria à sua frente: bastava que tivesse coragem para arriscar tudo. Sexus é com efeito uma história de risco, de provocação, uma prosa vibrante, plena de carne e espírito, um relato de aventuras sexuais e literárias que se estenderão de Brooklyn até à boémia Paris dos anos de 1930. Primeiro volume da trilogia Rosa-Crucificação, autobiografia ficcionada cuja escrita Henry Miller manteve ao longo de mais de uma década, este título foi publicado em França em 1949 e durante anos circulou clandestinamente por grande parte do mundo, onde foi proibido por imoralidade. Nas palavras de João Palma-Ferreira, prefaciador da edição portuguesa, estamos perante «uma obra-prima de todas as épocas». Um texto magistral de um autor que é um agitador de consciências, «um indisciplinador desejoso de que o homem se descubra finalmente, sem reticências e sem pactuações com o indiferentismo meramente formal».
Uma Espia na Casa do Amor
Anaïs Nin

Uma Espia na Casa do Amor é a história de Sabina, uma esposa adúltera, que se sente dividida entre o desejo de ser livre e a necessidade de amar e ser amada. Na sua jornada de descoberta de si mesma envolve-se com vários homens desconhecidos. Essas experiências são vistas por ela como uma missão em que o seu papel é a de uma “espia internacional na casa do amor”. Assim vive a sua vida dupla, enquanto o fiel e indolente marido representa o seu porto seguro no regresso a casa. Os seus disfarces, constituídos de roupas e maquilhagem, representam, na verdade, múltiplas personagens que compensam as suas carências nessa busca de salvação. No final será confrontada com a verdade nua e crua dos seus actos e culminará a sua demanda.
Justine ou os Infortúnios da Virtude
Marquês de Sade

A virtuosa Justine confia os seus infortúnios, demorando-se nos mais escabrosos pormenores da incarnação da virtude. Apologia do crime, da liberdade do corpo como do espírito, da crueldade, «sensibilidade extrema dos órgãos só experimentada pelos seres sensíveis», esta obra do Marquês de Sade provoca e escandaliza.
História d’O
Pauline Reage

A bela e jovem O testa os limites da sua mente e do seu corpo através de uma sexualidade violenta e inquieta neste romance clássico da literatura erótica. Enclausurada no castelo de Roissy, O submete-se a todos os desejos e fantasias do seu amante. A entrega, total, é-lhe escrita na pele, marcada na carne. Um processo de iniciação que vai levá-la mais longe do que alguma vez imaginou: ao lugar onde o prazer máximo pertence ao outro. Considerado um dos mais polémicos romances do século XX, História d’O foi galardoado com o Prix des Deux Magots, em 1955.
As Loucuras de Maudie
Anónimo

Maudie é uma cortesã moderna da década de 1920. Na sua casa, as margens do rio Tamisa, proporciona todo o tipo de prazeres ao seu círculo de amigos. Maudie e os seus companheiros são forçados a fugir do país, e as suas aventuras prosseguem noutras paragens.
As Onze Mil Vergas
Guillaume Apollinaire

Guillaume Apollinaire foi um dos maiores poetas modernas de língua francesa, um homem erudito e culto, presente em todos os movimentos de vanguarda até à morte, em Paris, no ano de 1918. O presente livro circulou durante muitos anos em edições clandestinas, mas acabou por encontrar um lugar, de corpo inteiro, na obra de Apollinaire. Ninguém deixará de reconhecer o espírito do poeta neste livro tão monstruoso como ternamente erótico.
Teleny Ou o Reverso da Medalha
Anónimo

Teria Oscar Wilde escrito Teleny? É indiscutível que a obra lhe tem sido frequentemente atribuída, no todo ou em parte. É um problema que tem agitado os bibliógrafos interessados em raridades, desde a publicação da primeira edição em 1883, limitada a 200 exemplares. A vibrante prosa deste clássico do amor homossexual apresenta grande semelhanças com a de O Retrato de Dorian Gray. Nele se descreve, em termos dolorosamente realistas, a paixão obsessiva de Camille des Grieux por René Teleny. A sociedade conservadora do fim de século em Paris é admiravelmente evocada e empresta a este primeiro grande romance homossexual o ambiente claustrofóbico que caracteriza o amor que não ousava pronunciar o seu nome.
Vénus na Índia
Capitão Charles

Quando o capitão Charles Devereaux vai reunir-se ao seu regimento na Índia, vê-se forçado a deixar a sua jovem esposa e a filha em Inglaterra, preparando-se para uma triste e solitária comissão de serviço. O que ele não esperava era deparar com os lúbricos encantos de Lizzie Wilson. O coronel do Regimento é um soldado de sangue quente e considerável vigor. Possui três belas filhas que parecem ter herdado a sua natureza. Assim, quando é avisado de que terá de abandonar a encantora Lizzie, o capitão Charles Devereaux entra em acção com Fanny, Amy e Mabel.
Fanny Hill
John Cleland

Publicada pela primeira vez em 1749, esta obra foi impedida de circular livremente devido aos preconceitos da época. Não obstante, conheceu rapidamente um grande êxito, tendo sido rapidamente traduzida em várias linguas. Exemplo perfeito de uma novela erótica, Funny Hill revela um fino estilo literário, assim como uma grande delizadeza na narração das situações mais escabrosas.
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