
Happiest Season é a história de Abby e Harper, um casal de duas mulheres que decidem passar o Natal juntas pela primeira vez, na casa da familia de Harper. Acontece que o seu pai é politico e a família sempre tentou passar a imagem de familia perfeita, algo em que uma filha lésbica nunca se encaixaria. Por isso Harper nunca se assumiu e o Natal com Abby em casa promete ser um verdadeiro desafio. Conseguirão esconder o segredo?
Happiest Season é um filme que está classificado como uma comédia romântica e de facto não foge muito a isso. Mas no fundo traz também questões mais profundas que é preciso avaliar. A homossexualidade e a forma como ainda é muitas vezes vista é uma delas. Mas para mim, mais central do que isso foi ainda a dificuldade de Harper em se assumir.
O filme tem levantado questões que vão muito para além da homossexualidade de Harper: trata-se das suas atitudes. Alguns classificam-na mesmo como uma personagem tóxica e ao romance de ambas como um mau exemplo de relação. A determinado momento da trama, Harper chega mesmo a renegar Abby, algo que já fez anteriormente com uma outra personagem do filme.
Eu adorei o filme, acho que fez um bom equilibrio entre a leveza que se espera de uma comédia romântica e a seriedade que é precisa para tratar de temas sérios. Valeu muito a pena, dei umas boas gargalhadas e até me comovi um pouco. Nesse aspecto, muito recomendado!
Mas admito que fui uma das pessoas que não gostei da forma como terminou. Nada, nada mesmo.
Filme recomendado, ainda assim. Muito bom. 4*



