Lily Graham é jornalista e nasceu e cresceu na África do Sul. É autora de sete romances, entre os quais se contam The Paris Secret, The Island Villa e O Bebé de Auschwitz. Vive atualmente no sudeste de Inglaterra.
Em O Bebé de Auschwitz conhecemos Eva Adami, que em 1942 é enviada para o campo de concentração de Auschwitz, onde algum tempo depois descobre que está grávida. A bebé, uma menina, viria a nascer com cerca de 1 kg e uns pulmões fracos devido às condições, o que quase a impede de chorar, algo que ironicamente pode ter salvo a sua vida. É um romance ficcional baseado numa história verídica.
A primeira coisa que tenho a dizer sobre a leitura desta obra é, na verdade, que não terminei de a ler. Desisti algures nos primeiros capítulos. Atualmente mantenho um ritmo de leituras bastante acelerado e isso leva-me muitas vezes a abandonar livros se não me conquistarem rapidamente. A verdade é que com tantos livros bons que há para ler custa-me estar a “perder tempo” lendo algo que não gosto realmente.
Admito também que o tema de Auschwitz até a mim já me satura um pouco. Quem segue este blog sabe que é um tema que eu adoro e que leio imenso, mas ultimamente têm-se visto tantos lançamentos relacionados a ele que parece que as editoras descobriram algum filão de ouro. E quando a quantidade aumenta assim, acabam por surgir obras de não tão boa qualidade.
Não estou contudo a dizer que eu tenha achado que O Bebé de Auschwitz é um livro de pouca qualidade. O que aconteceu é que apesar de este ser alegadamente uma história baseada em fatos reais, me soou imenso a um livro totalmente romanceado. A escrita da autora é uma escrita de romance, leve e explicativa, a meu ver demasiado leve e explicativa. Não fosse o tema pesado que é e eu quase poderia estar a ler um livro de Nora Roberts ou Nicholas Sparks.
Claro que gostos são gostos e gostos não se discutem. Mas depois de ter lido tantos livros sobre este tema, alguns tão excelentes, fortes e esclarecedores como a Noite de Elie Wiesel ou o Se Isto é um Homem de Primo Levi, o Bebé de Auschwitz não é de todo o género de livro que eu espero ler quando pego em algo sobre este tema. Tenho lido, claro, vários outros livros sobre esta época que são claramente ficção, como A Parteira Alemã. Ainda assim acho que a obra de Lily Graham ultrapassou uma qualquer linha invisível com a sua escrita, que foi demais para mim. Não deu.
Não muito recomendado.