Carmen Mola, recentemente conhecida autora espanhola, foi descrita como sendo uma segunda Elena Ferrante devido ao desconhecimento de quem se escondia por trás do pseudónimo. Atualmente já se sabe a verdade: Carmen Mola não é apenas uma autora, nem sequer é uma mulher, são três homens! Jorge Díaz, Agustín Martínez e Antonio Mercero.
Em A Noiva Cigana conhecemos os assassinatos de Susana e Lara, duas irmãs meio ciganas que são assassinadas com anos de diferença, ambas em vésperas de se casarem, de uma maneira bastante sádica: são imobilizadas e depois são introduzidas larvas nos seus crânios, que vão comendo os seus cérebros e as matam lentamente. Entra em cena a inspetora Blanco e a sua bigada especial para investigar estes crimes, uma inspetora que tem também as suas próprias mágoas guardadas…
A Noiva Cigana é um livro empolgante, que nos traz um crime hediondo e uma boa dose de adrenalina. É interessante ir acompanhando o desenrolar de toda a investigação, ver como suspeitam de um, depois de outro e outro. Depois, para além da história principal temos a história da própria inspetora Blanco, que me deixou até mais agarrada à leitura do que a história principal.
Está bem escrito, lê-se facilmente e rapidamente. É empolgante apesar de nos ir apresentado tudo com calma, sem grandes surpresas nem reviravoltas repentinas. É um livro que além do crime e do thriller ganha pela forma como nos faz refletir sobre os traumas, o passado e a forma como as coisas que nos acontecem nos fazem ser quem somos.
Recomendado! 4*